Até dia 27 está patente uma exposição de trabalhos em mármore de Agostinho Moreira na galeria do Paço da Cultura. O evento insere-se na preocupação da autarquia em promover as artes plásticas no município, com o intuito de impulsionar e «criar o hábito» do público guardense em participar e de «ter um maior contacto com as exposições», explicou Américo Rodrigues. Apesar dos artistas da cidade ocuparem com maior frequência a galeria do Paço da Cultura, «há um cuidado em procurar outros nomes», como é caso de Agostinho Moreira. Natural do Brasil, mas residente em Portugal há cerca de 15 anos, tem exposto o seu trabalho não só pelos países referidos, mas também por outros, como Espanha, França ou Suíça. Nesta exposição individual, o escultor apresenta obras em mármore, tratando-se essencialmente de peças figurativas, mas particularmente de feição humana. Agostinho Moreira trabalha minuciosamente o mármore conferindo-lhe qualquer figuração, por isso, de sala para sala, distinguem-se várias facetas, culminando esta criatividade num espaço com diversas peças expostas no chão que contrastam com a tonalidade acastanhada da serradura espalhada. Para o autor, este é um trabalho «particularmente visual» e do qual pretende que os visitantes «retirem algo e levem para casa», salienta. «Como artista, considero-me um humanístico na busca de uma filosofia», assevera Agostinho Moreira, considerando que esta exposição é de certa forma «o sentir que não está sozinho».