De sete em sete anos, os devotos de São Proder recorrem ao Ministério da Agricultura para negociar as oferendas para os anos seguintes.
Trata-se de dinheiro europeu que serve demasiados interesses privados, em nome do desenvolvimento rural.
Nesta fase, poderemos recorrer a estratégias antigas e garantir o atraso estrutural da nossa região.
A instalação de novos alojamentos de turismo rural, o investimento em infraestruturas públicas redundantes ou simplesmente o pagamento de favores políticos a empresários financiadores de campanhas passadas são excelentes opções, se pretendemos mantermos-nos à margem da resolução dos problemas da nossa região.
Mas existem outras opções. Apesar da aparente ousadia, a aplicação do dinheiro público europeu ao serviço da economia partilhada, isto é, a afetação de recursos ao território e não às entidades, recorrendo cada entidade ao seu aluguer em função das necessidades.
O modelo não é novo, e os Serviços Distritais de Proteção Civil têm revelado a eficiência deste sistema.
Sobre este tema, a Universidade de Harvard e o nosso conhecido investigador Michael Porter têm insistido no desenvolvimento desta estratégia para a melhoria da competitividade das regiões.
Somos livres para escolhermos o nosso caminho. Mas condenar à pobreza os nossos filhos e os seus colegas de escola não é uma opção válida para um país que se pretende desenvolvido.
Por: Frederico Lucas