Um espumante e dois vinhos brancos são as sugestões do responsável técnico da Comissão Vitivinícola Regional da Beira Interior (CVRBI) para acompanhar o D. Sancho, o bolo da Guarda.
Em resposta a um desafio lançado por O INTERIOR, Rodolfo Queirós adotou como critérios a proximidade ao concelho da Guarda e as castas autóctones, mas sublinha que estes são «apenas três exemplos, porque há muitos mais vinhos da região que jogam bem com este bolo». O espumante “Sou do Alto”, da Adega Cooperativa Beira Serra, de Vila Franca das Naves (Trancoso), é a primeira proposta: «É feito com uvas de duas castas com raízes na região, a Malvasia e a Arinto, e provenientes de vinhas situadas em Avelãs da Ribeira, no concelho da Guarda», destaca o responsável. Trata-se de um espumante «muito fresco, com boa acidez e que casa muito bem com o doce e o queijo do bolo, sendo que este sabor se sobrepõe ao doce no final da prova».
Já o “Pinhel Grande Escolha – Síria”, da Adega Cooperativa de Pinhel, é um branco produzido exclusivamente com a casta mais plantada na Beira Interior: a Síria. «É uma casta muito aromática e que dá origem a vinhos excelentes», garante Rodolfo Queirós. A sua frescura e acidez, devido à altitude, «jogam muito bem com a mistura de sabores do D. Sancho», que será melhor apreciado se for degustado frio.
A terceira escolha é o branco Quinta dos Termos Fonte Cal, uma casta autóctone da Beira Interior. «É um vinho mais complexo e saboroso, tanto assim que dá a ideia que fez algum estágio em barricas de carvalho, mas essas qualidades derivam da própria casta», explica o responsável técnico da CVRBI, para quem este é um vinho «muito persistente na boca, um bocadinho como o bolo, e que vai equilibrar a permanência dos sabores do D. Sancho».
Rodolfo Queirós justifica estas escolhas por estarmos no Verão e, sobretudo, porque «o vinho branco vai melhor com o Queijo da Serra». Aliás, na sua opinião, «é uma ideia feita dizer que o tinto é melhor».