A «necessidade de consolidar» o eixo interurbano de proximidade entre Castelo Branco e a Guarda no novo processo de administração administrativa foi uma das conclusões que saiu da conferência “Territórios Alternativos: Regiões, Cidades e Identidades Territoriais” organizada na última sexta-feira pelo Centro de Estudos Sociais (CES) e do departamento de Sociologia da Universidade da Beira Interior (UBI).
Para Maria João Simões, docente da licenciatura de sociologia da UBI, é preciso «parar para pensar» em toda a divisão territorial que está a ser «feita pelos autarcas» sem qualquer consulta à população e às universidades.
Os intervenientes no debate consideraram ainda que se os municípios pretenderem «aproveitar plenamente as oportunidades abertas pelos processos de descentralização e de reorganização administrativa» é conveniente que se organizem, então, «numa única entidade», refere um documento enviado à comunicação social com as conclusões do debate. É que desta forma, «a região ficaria numa situação mais favorável porque teria mais peso territorial e demográfico e político», possuindo assim uma posição determinante na defesa dos interesses e desenvolvimento regionais.
De acordo com os oradores, a separação do eixo Guarda –Castelo Branco «não será uma resposta adequada à resolução dos problemas e aos desafios que se coloquem à região no quadro da integração europeia e da globalização».