Num jogo de capital importância para as aspirações das duas equipas, o Desportivo de Gouveia venceu o Ginásio Figueirense com dois golos de Daniel, que constituíram o corolário da superioridade gouveense, em particular na segunda parte.
O início do jogo mostrou um Figueirense disposto a redimir-se do empate concedido, uma semana antes, frente ao Estrela de Almeida. Logo aos 5’, os visitantes quase marcavam, mas os avançados figueirenses não conseguiram aproveitar uma “escorregadela” do guarda-redes Miranda. Mesmo sem jogar bem, o Gouveia respondeu aos 9’ num livre de Quim Teixeira, que o guarda-redes Bruno susteve sem grande dificuldade. O Ginásio Figueirense ainda beneficiou de alguns livres perigosos, mas foi Patrício, avançado gouveense, que quase marcou aos 39’, numa altura em que a equipa da casa já ripostara ao maior domínio inicial do adversário. Após o recomeço, a reacção gouveense intensificou-se e o Figueirense quase “desapareceu” do jogo. Essa superioridade da equipa da casa materializou-se em apenas três minutos, tempo suficiente para Daniel fazer dois golos. Aos 74’, Rui Ramos marcou um livre, Bruno defendeu mas não segurou a bola permitindo a Daniel o remate vitorioso. Aos 77’, novo livre apontado por Rui Ramos que, desta vez, cruzou para área onde voltou a aparecer Daniel para selar a vitória dos gouveenses com um cabeceamento certeiro.
Mesmo em desvantagem, o Figueirense não reagiu e acabou por ser a equipa da casa a conseguir mais um golo, por Patrício, mas que foi invalidado por indicação do muito contestado árbitro auxiliar, Paulo Dias. Aliás, apesar da vitória, o público gouveense ficou agastado com a actuação daquele árbitro auxiliar que esteve na origem das expulsões, aos 61’ e 84’, do treinador e delegado ao jogo da equipa da casa. Essa e outras decisões do árbitro auxiliar, a par da dualidade de critérios do árbitro Renato Gonçalves na amostragem de cartões amarelos, foram as notas menos positivas deste jogo cujo desfecho poderá ter comprometido as aspirações da equipa de Figueira de Castelo Rodrigo.