Ana Abrunhosa é desde segunda-feira a nova presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC).
A economista e professora da Universidade de Coimbra sucede no cargo a Pedro Saraiva. Ana Abrunhosa, atual deputada na Assembleia Municipal da Mêda eleita como independente pelo PSD, foi vice presidente da CCDRC entre 2008 e 2010, e era até agora vogal executiva do programa “Mais Centro”. Na cerimónia de posse, a responsável transmitiu a ambição de «uma região mais desenvolvida, mais culta, qualificada, científica e tecnologicamente, com melhor emprego, mais equitativa e mais justa». No seu discurso, Ana Abrunhosa recordou que o Centro é a terceira região do país, atrás de Lisboa e Norte, em termos do Produto Interno Bruto, sendo responsável por 18 por cento do PIB nacional, com 30 mil milhões, e destacou a «elevada reputação da CCDRC» no apoio à administração local, no desenvolvimento regional, no ambiente, ordenamento do território ou gestão dos fundos comunitários. Por isso, a nova presidente deixou claro que deseja ver na Comissão de Coordenação Regional uma «entidade fundamental no processo de desenvolvimento económico e social da região Centro».
Por sua vez, o ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional lembrou que nos últimos anos estas entidades «passaram a estar muito orientadas para a gestão dos fundos europeus de natureza regional. Isso afetou, nalguma medida, o seu trabalho de estudar e planear, conhecer e integrar políticas públicas». Nesse sentido, Miguel Poiares Maduro considerou que é necessário «voltar aos fundamentos» que estiveram na origem da criação das CCDR. Ou seja, «estudar, implementar e avaliar o impacto territorial das políticas públicas; elaborar e implementar estratégias de desenvolvimento de âmbito regional com base nas potencialidades, nos recursos e nas ambições regionais e sub-regionais; e, por fim, identificar os projetos que as concretizem», afirmou. E, para o governante, «os fundos europeus devem ser vistos como o instrumento fundamental para potenciar essa estratégia e essa ambição».
Luis Martins