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Estudantes feridos em Braga já voltaram para casa

Quatro alunos da Universidade do Minho tiveram alta esta madrugada. População local já tinha alertado para a falta de segurança do muro.

Os quatro estudantes feridos ontem após a queda de um muro junto à Universidade do Minho (UM), em Braga, já tiveram todos alta, disse ao Expresso fonte do Hospital de Braga.

«Os alunos tiveram alta de madrugada progressivamente, o último por volta das 2h», afirmou Elisabeth Ferreira, responsável pela comunicação da unidade hospitalar.

Segundo a mesma fonte, ao contrário do que se previa não se verificou nenhum ferido que inspirasse mais cuidados, após a avaliação médica.

«Aqui não entrou nenhum ferido grave. Dos quatro que deram entrada no hospital, três eram ligeiros e um moderado, que passou a ligeiro depois de exames médicos. O que se previa, afinal, não se constatou», acrescentou.

Dois dos estudantes apresentaram «escoriações ligeiras» nos braços e pernas e um deu entrada no hospital com uma fratura. Outros três alunos de Engenharia Informática, entre os 18 e 21 anos, morreram no acidente.

A tragédia ocorreu por volta das 19h45 de quarta-feira, enquanto alunos de Engenharia Informática e Medicina faziam um despique de cânticos no campus de Gualtar, Braga. As praxes estava proibida dentro da Universidade desde 2011.

Contactada pelo Expresso, fonte da Universidade do Minho recusou tecer mais comentários sobre o acidente, remetendo esclarecimentos para uma declaração do reitor António Cunha à imprensa, no salão nobre da Reitoria, no Largo do Paço, em Braga.

Entretanto, o reitor voltou a condenar as práticas que não estão de acordo com o código de valores do estabelecimento de ensino. «A Universidade rejeita e proíbe qualquer tipo de práticas que não estejam de acordo com o seu código de valores e de conduta ética», declarou esta manhã António Cunha aos jornalistas.

Alertas sobre falta de segurança do muro

Cidadãos locais já tinham questionado a segurança da estrutura do muro, segundo uma notícia publicada pelo “Jornal de Notícias”, a 6 de março de 2012, no entanto, segundo o autarca de Braga, Ricardo Rio, «à câmara nunca foi reportada qualquer queixa sobre o mesmo».

Esta manhã foi realizada uma peritagem por técnicos da câmara de Braga e do departamento de Engenharia da Universidade do Minho.

Fonte da câmara bracarense disse ao Expresso, que o presidente fará também uma declaração caso haja «informação técnica» dos serviços municipais sobre a propriedade do terreno e da construção.

«Não se trata de apurar responsabilidades, isso não compete à câmara. Nem será nada conclusivo, nesta primeira fase a câmara limita-se a ir aos arquivos para perceber junto dos serviços municipais se se trata de uma estrutura legal ou não», declarou Ricardo Gomes, assessor da autarquia.

Tal como alguns técnicos já disseram esta manhã, também a autarquia garante que o acidente não foi causado por um deslizamento de terras. «Isso é claro para quem esteve no local. E aliás, nem se pode dizer que a estrutura é um muro, aquilo era um bloco ou uma parede oca que suportava uma caixa de correio», rematou.

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