Jorge Libânio tomou posse como presidente da concelhia do PSD da Guarda na passada segunda-feira, quase um ano depois da demissão de Manuel Rodrigues. O novo líder sentou-se ao lado de Luís Aragão, que concorreu na lista de Sérgio Duarte, que não esteve presente na sessão, e vai presidir à mesa da Assembleia de Secção. Álvaro Amaro foi uma das ausências mais notadas na cerimónia, onde marcaram presença a vereadora Ana Isabel Baptista e Henrique Monteiro, presidente da concelhia local do CDS-PP.
A primeira prioridade da nova comissão política é o acompanhamento dos candidatos do PSD que saíram vitoriosos das últimas autárquicas, uma vez que, «muitas vezes, o contacto que existiu foi apenas o convite para a elaboração das listas, sendo que depois disso o partido raramente apareceu», afirmou Jorge Libânio, que centrou o seu discurso na união entre os sociais-democratas. «Quero contar com todos os militantes que estiverem disponíveis para continuar a servir o nosso partido», vincou o novo presidente, prometendo um «projeto abrangente e inclusivo». O sucessor de Manuel Rodrigues quer elaborar «um documento de reflexão» sobre o concelho através de «um debate alargado» para «obter um diagnóstico da realidade geoestratégica da Guarda», no seguimento das preocupações atuais.
Entre as suas preocupações estão o despovoamento e a «enorme sangria de serviços e de indústrias», pelo que Jorge Libânio defende, entre outras, a adoção de medidas fiscais adaptadas, uma estratégia para uma política de saúde e novos incentivos aos estudantes do ensino superior. «Se nada for feito, estaremos condenados a viver em aldeias, vilas e cidades fantasmas», alertou o líder concelhio. Já o presidente da distrital do PSD entende que «houve uma movimentação e uma dinâmica que só diz bem do ambiente que agora se vive no PSD da Guarda». Para Júlio Sarmento, a apresentação de duas listas é «uma divisão saudável» e «quer dizer que não houve aquela tradicional divisão que acontecia aqui na Guarda». A ausência da tomada de posse dos representantes da lista adversária, liderada por Sérgio Duarte, pode estar relacionada com alegadas “movimentações” da mesma para desvendar que militantes da lista vencedora apoiaram a candidatura de Virgílio Bento nas últimas autárquicas com o objetivo de tentarem impugnar as eleições de janeiro.
Sara Quelhas