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PS entrega 17 propostas para Orçamento da Câmara da Guarda

José Igreja e Joaquim Carreira garantem que são «ideias realistas que podem ser postas em prática sem grandes custos»

Os vereadores do PS entregaram ontem na Câmara da Guarda 17 propostas para a maioria PSD/CDS-PP incluir no Plano e Orçamento do município para 2014, documentos previsionais que deverão ser aprovados na reunião do executivo da próxima segunda-feira.

Adiantadas anteontem aos jornalistas, grande parte das sugestões de José Igreja e Joaquim Carreira saíram diretamente do manifesto eleitoral que os socialistas apresentaram nas últimas autárquicas. «Nestes dois meses, o PS tem tido uma posição de colaboração no executivo e queremos participar na elaboração do próximo Orçamento, mas sendo realistas com ideias que podem ser postas em prática sem grandes custos», disse José Igreja, acrescentando que se trata «apenas de estudos» e de iniciativas que podem ser feitas pelos técnicos do município. Divididas por áreas, as propostas vão da criação «urgente» do gabinete do investidor e da profissionalização da gestão da plataforma logística à reabilitação do mercado municipal, passando pela abertura de um gabinete de gestão e acompanhamento de processos de urbanismo ou pela recuperação, «para avaliação», da Alameda da Ti’Jaquina e da Variante à Sequeira.

Os dois vereadores da oposição pretendem ainda ver incluídos no Orçamento a “Estrada Verde” e os estudos para a reabertura da ligação rodoviária na cidade de poente para nascente. «É um dossier delicado a estudar porque a Guarda não pode continuar cortada ao meio, com as consequências que se conhecem para o centro histórico», justificou José Igreja. Os eleitos socialistas defendem também, entre outras iniciativas, a recuperação de edifícios na Praça Velha, o alargamento das zonas de estacionamento, a criação da marca “Guarda”, a despoluição do rio Noéme, a instalação de um relvado sintético e a elaboração da Carta Desportiva do Concelho para «apoiar melhor os clubes e associações», referiu José Igreja. Na área da cultura, José Igreja e Joaquim Carreira esperam que a nova maioria PSD/CDS-PP na Câmara «não deixe cair a dimensão regional que a Guarda conquistou nas últimas décadas» e continue a apostar no TMG, na Biblioteca Municipal Eduardo Lourenço e no Núcleo de Animação Cultural.

Joaquim Carreira sublinhou que estas são propostas para que «a cidade e a economia local melhorem e para que as pessoas venham para a Guarda». Contudo, com estas sugestões, os vereadores admitem que correm o risco de ser confrontados com o facto dos socialistas terem estado 37 anos na Câmara e de nada disto terem feito, sobretudo nos últimos mandatos. Cenário que José Igreja desvalorizou, dizendo que «o PS não fez tudo bem feito, mas há muita coisa que foi realizada e bem», enquanto Joaquim Carreira acrescentou que «não somos responsáveis por tudo o que foi feito no passado». Presente na conferência de imprensa, João Pedro Borges aproveitou a ocasião para perguntar porque é que o novo pavilhão do Hospital Sousa Martins continua fechado «quando está pronto há muito tempo». O recém-eleito presidente da concelhia socialista também quer saber o que fez o executivo liderado por Álvaro Amaro para garantir a reabertura do Hotel Turismo e da Pousada da Juventude.

Luis Martins Os vereadores e o novo líder da concelhia voltaram a sublinhar que o PS quer ser «oposição construtiva»

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