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Dez enfermeiros precários integrados na ULS da Guarda

ARS Centro aprovou a consolidação dos contratos de profissionais que tinham sido dispensados no final de outubro

Os dez enfermeiros da Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda que tinham sido dispensados no final de outubro e se manifestaram na passada quinta-feira contra a precariedade laboral foram readmitidos no dia seguinte. Alguns já trabalharam inclusivamente no último fim de semana.

São profissionais que prestam serviço em medicina, na unidade de cuidados intensivos polivalentes, na unidade de ambulatório e no centro de saúde da Guarda. «A ARS Centro deu aval à consolidação dos seus contratos a termo para vínculos a tempo indeterminado e para estes excelentes profissionais a situação precária de emprego terminou», disse Nércio Marques. Segundo o dirigente local do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), o acordo foi de tal ordem que os dez técnicos reintegrados não vão perder o vínculo laboral com a ULS, pois vão compensar os 15 dias em que estiveram desempregados com horas extra. O sindicalista considera que este «final feliz» ficou a dever-se «a duas semanas de luta e de pressão» dos enfermeiros e do sindicato, sem a qual a ULS da Guarda não tinha resolvido o assunto. «A ARS confirmou que o pedido de consolidação não tinha sido apresentado pelos serviços da Guarda e as coisas só começaram a andar quando o SEP entrou em campo», disse Nércio Marques, que espera agora que este seja «o princípio do fim da precariedade laboral dos enfermeiros na ULS, que afeta mais de 40 profissionais».

Na véspera da Administração Regional de Saúde (ARS) ter dado luz verde ao seu regresso ao trabalho, os dez enfermeiros saíram à rua para denunciar um problema comum. Todos começaram a recibos verdes na ULS e assinaram depois sucessivos contratos a termo certo, isto durante cinco anos e até 31 de outubro, data em que foram dispensados. «Eu vim do Hospital de Santa Maria para a Guarda e agora estou sem trabalho depois destes anos todos de serviço», disse Dora Abrantes, uma das manifestantes. A enfermeira de Pneumologia dizia estar alarmada com a situação, até porque «tinha expetativas de continuar na Guarda, de onde sou natural». O protesto decorreu na Alameda de Santo André e culminou frente à sede da ULS. Os manifestantes ainda se cruzaram com Vasco Lino, mas o presidente da Unidade Local de Saúde nada adiantou. Nesse dia, Joaquim Nércio garantia que nos diferentes serviços dos hospitais e centros de saúde da região «continua a haver recibos verdes para funções permanentes», uma situação que, de acordo com o delegado sindical, afetará 47 profissionais.

Luis Martins Enfermeiros protestaram contra a precariedade laboral em frente à sede da ULS

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