O luso-americano Allan Sharif foi condenado pelo Tribunal da Guarda a dois anos e quatro meses de prisão por corrupção ativa e burla qualificada, crimes praticados a partir da prisão da cidade em 2008.
O principal suspeito, que está a cumprir pena, foi sentenciado com um ano pelo crime de corrupção e a dois anos por burla qualificada, mas vai ter que cumprir dois anos e quatro meses em cúmulo jurídico. A mesma pena foi aplicada, também em cúmulo júridico, a outro arguido, enquanto um terceiro elemento foi condenado a dois anos de prisão pelo crime de corrupção, mas a pena foi substituída por 480 horas de trabalho comunitário. Este antigo enfermeiro reformado da cadeia guardense deverá ainda pagar mil euros ao Estado e Allan Sharif o valor de 4.150 euros. O quarto arguido foi absolvido pelo coletivo de juízes. O tribunal deu como provado que o antigo enfermeiro introduziu o telemóvel na cadeia, para utilização dos arguidos, e que recebeu mil euros em troca, obtidos com a prática da burla de 5.900 euros a duas mulheres de uma imobiliária do Algarve. Após a leitura da sentença, o luso-americano disse aos jornalistas que a pena que lhe foi aplicada «é uma injustiça total» e que os factos imputados são «tudo mentira». A sua advogada acrescentou que vai recorrer da sentença.
