Já começa a ser uma tradição. Foi mais uma vez com muita chuva à mistura que se realizou o tradicional desfile da Latada que na tarde da passada quarta-feira juntou caloiros e veteranos da Universidade da Beira Interior, na Covilhã.
O cortejo, que deambulou entre a Rotunda do Rato, junto ao polo principal da UBI, e o Pelourinho, animou a cidade, trouxe muita gente para a rua, apesar das condições atmosféricas adversas, e prolongou-se até às primeiras horas da noite. Entre “fatos”, coreografias, carros mais ou menos imaginativos e trabalhados, todos os cursos da UBI fizeram a festa sob o olhar atento de muita assistência, onde se encontravam muitos familiares e amigos dos novos estudantes da instituição. Como de costume, houve muita animação, bastante álcool, alguns excessos e gritos de apoio, bem como as tradicionais “farpas” aos outros cursos, através de cânticos ou cartazes. Um deles tinha escrito que «não queremos um canudo, queremos um curso com futuro», pois, apesar da boa disposição, os alunos estão cientes de que a atual conjuntura económica e financeira do país está longe de ser a melhor. De resto, o primeiro-ministro Passos Coelho, a inevitável crise, o recurso à emigração para muitos licenciados, o aumento dos impostos, a “troika” ou as habituais críticas ao pagamento de propinas foram alguns dos temas em destaque nas diversas “caravanas”. Como boa Latada que se preze, não poderiam ter faltado as inevitáveis ambulâncias para socorrer quem bebeu mais que a medida. O comandante dos Bombeiros da Covilhã adiantou a “O Interior” que durante a Latada os voluntários foram solicitados para 25 serviços, ainda assim um número «felizmente mais baixo» que o registado no ano passado», indicou o responsável.
Ciências Farmacêuticas foi o curso que venceu a Latada deste ano, à frente de Ciências Biomédicas e Medicina. A “Receção ao Caloiro” terminou sábado no pavilhão da ANIL com destaque para o concerto dos Expensive Soul.