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Toponímia é tema de Fórum na Guarda

Na Guarda vai realizar-se, no próximo dia 30 de Outubro, um Fórum sobre Toponímia, organizado pelo Instituto Politécnico (IPG).

Com esta iniciativa o IPG pretende contribuir para um melhor conhecimento das localidades do distrito, dos valores históricos, culturais, sociais, religiosos e políticos a ela associados através da toponímia.

Para Gonçalo Fernandes, Vice-Presidente do IPG, “a memória coletiva das comunidades assenta no reconhecimento de momentos, lugares, pessoas e acontecimentos que marcam a história e o território e que permitem passa-los ao longo de gerações. Estes elementos constituem um acervo cultural, cuja dimensão e funcionalidades atribuídas permitem dotar os espaços de identidades e atratividades que se vêm valorizadas e potenciadas, promovendo valor cultural e económico pela atratividade gerada e divulgação estabelecida.”

O Vice-Presidente do IPG acentua, a propósito deste fórum, que a toponímia “é um repositório de informações, acompanhando o desenvolvimento urbanístico e populacional, acusando as alterações havidas no viver das comunidades, refletindo os costumes, as tradições, as movimentações das atividades económica, social e cultural, as tendências de ordem política e religiosa, as modificações educacionais, os ciclos de história e a evolução ou retrocesso da comunidade, consubstanciados na materialização de designações ou na consolidação daquelas de origem popular”.

“Materiais, formato e suporte na Toponímia no distrito da Guarda” (Augusto Moutinho Borges), “Toponímia de uma aldeia: o caso de Manigoto” (Manuel Neves, “Toponímia e memória social” (Dulce Borges), “Toponímia e arqueologia: uma experiência por terras do Jarmelo”(Tiago Ramos), “A II Guerra Mundial nas ruas da Guarda” (Tiago Tadeu), “Complexidade no estudo da toponímia, no distrito da Guarda”(Adriano Vasco Rodrigues), “A toponímia, património imaterial das comunidades urbanas e sua ideologização”(Carlos Caetano), “À descoberta de conexões Toponímicas de Vilar de Amargo: ou como o passado que fala ao presente ilumina o futuro”(Urbana Bolota) e “Placas toponímicas na Guarda: memórias e omissões” (Helder Sequeira) são algumas das comunicações que integram o programa deste Fórum.

Os interessados em participar devem efetuar a sua inscrição (gratuita mas obrigatória) em http://www.ipg.pt/toponimia/

Os trabalhos vão decorrer no auditório dos serviços centrais do Instituto Politécnico da Guarda, onde, pelas 17 horas vão ser apresentados os livros “A Toponímia da cidade da Guarda e a construção da memória pública no século XX” (de Maria José Neto), com edição da Agência para a Promoção da Guarda, e “Toponímia da Guarda: comunicações do I Fórum de Toponímia”, editado pelo IPG.

Referindo-se a esta última publicação, o Vice-Presidente do IPG. Gonçalo Fernandes, afirma que ela pretende “contribuir para o (re)descobrir da cidade e das sua valências culturais, por via da toponímia e dos significados e contribuições que ela pode aportar para a valorização urbana e promoção da identidade coletiva. É pois essa (re)descoberta que estará presente ao longo dos textos, contribuição de estudiosos e especialistas que interpretam a toponímia e a cidade e nos permitem conhecer o significado dos lugares e das memórias que escondem”.

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