Numa tarde com alguma chuva foi pouco o público que se deslocou ao S. Sebastião para assistir à partida entre o Foz Côa e o Paços da Serra, de onde veio uma simpática e animada claque.
A primeira parte foi muito jogada a meio-campo, com as equipas a praticarem um futebol pouco esclarecido e trapalhão. Destaque apenas para as boas iniciativas de Mélita e o inconformismo de Rafa e Zé Figueiredo. No entanto, umas vezes graças às boas intervenções de Pedy, outras por sorte (bola no poste), o nulo foi-se mantendo. Já o Paços da Serra foi-se mostrando em contra-ataques e quase marcou a finalizar o primeiro tempo não fosse a boa intervenção de Aires. A segunda parte iniciou-se com o Foz Côa mais acutilante e prático. Aos 47’, Rafa e Marco, por duas vezes aos 51’ e 55’, colocaram à prova Pedy, que respondeu sempre com eficácia. A pressão continuou e o Foz Côa chegou ao golo aos 71’. A bola foi cruzada para a área e um avançado da casa apareceu caído no chão reclamando algo. O árbitro, bem colocado, assinalou penálti, bem convertido por Rafa. Estava feito o único golo da partida.
Os locais mantiveram a toada ofensiva com destaque para Igor, que veio dinamizar o ataque local, e um remate ao poste de Daniel Campos aos 87’. Vitória inteiramente justa do Foz Côa, especialmente pela segunda parte, com um futebol mais organizado e objetivo perante um Paços a evidenciar uma quebra anímica e física mais notória a partir dos 65’ da segunda parte. Quanto ao árbitro, Sérgio Pires, num jogo tranquilo em que os cartões foram exibidos a preceito e ressalvando um ou outro pormenor a meio-campo, realizou um excelente trabalho. Não nos apercebemos do motivo da grande penalidade, mas em sua defesa tem a boa colocação e os poucos protestos dos visitantes. Relativamente aos assistentes Ricardo Esteves deve trabalhar mais e manter-se concentrado no jogo; Hugo Amaral cumpriu.
Antes do início da partida foi feito um minuto de silêncio em memória do ex-árbitro Virgílio Pessoa que faleceu no passado 14 de agosto, no Instituto Português de Oncologia do Porto, vítima de doença incurável. Virgílio Pessoa inscreveu-se no Conselho de Arbitragem da Associação de Futebol da Guarda em 1982, mantendo uma atividade ininterrupta até 2008, altura em que atingiu os 45 anos de idade e 26 de carreira.
Por: Daniel Soares