Mais de um milhar de populares respondeu à “chamada” e marcou presença na apresentação da comissão de honra de Álvaro Amaro, candidato da coligação PSD/CDS-PP à Câmara da Guarda, que teve lugar no último sábado no pavilhão do NERGA – Associação Empresarial. A lista integra 40 nomes, onde se destacam Francisco Pinto Balsemão (presidente da Impresa), Jorge Barreto Xavier (secretário de Estado da Cultura), Teresa Gouveia (ex-ministra), Laurentino Prata (empresário) e José Luís Almeida (empresário e sócio maioritário da empresa proprietária do jornal O INTERIOR).
«Ando nisto há muitos anos mas não me lembro de uma multidão assim», declarou Amaro, indicando que «algumas pessoas não conseguiram entrar» devido a questões logísticas. O candidato da coligação acredita que vai ser o próximo presidente da Câmara, já que a autarquia «não muda de rosto nem políticos há quase 40 anos e isso fartou as pessoas», considera. «Prometeram uma grande cidade mas outras ultrapassaram a Guarda», vinca, reiterando que «do outro lado não ouvimos nenhuma proposta concreta». Para o ainda autarca de Gouveia, os adversários deixaram de ser os restantes candidatos, sendo agora «o esquecimento da Guarda»: «Vamos baixar o preço dos lotes para fixar empresas, já que muitas não investiram aqui porque na PLIE custam 15 euros por metro quadrado e noutros sítios se oferecem», informa. O candidato apela ao investimento dos emigrantes naturais do concelho, pois «não se pode viver mais neste isolamento de ideias», frisa.
Amaro garante que «ao contrário de outros» não vai criticar as outras candidaturas, mas deixa um aviso: «Representam o passado da Guarda, fizeram o melhor que sabiam e podiam; mas qual é o resultado?», atira, sendo que à data Virgílio Bento ainda era um potencial adversário. Entre os projetos da candidatura contam-se a manutenção dos serviços do Hospital da Guarda, a transformação do mercado municipal, aproveitar a neve no turismo, recuperar a Linha da Beira Baixa e devolver o Hotel Turismo à cidade. «Eu tenho um sonho: ver se é possível cobrir a rua do Comércio e dar àquela zona um ar europeu», assevera. «Vamos recuperar em quatro anos muitas das coisas que a Guarda perdeu em 40», referiu Amaro, salvaguardando que «hoje conheço os problemas da Guarda quase como as minhas mãos».
O cabeça-de-lista de “Guarda com futuro” entende que «menosprezaram a força desta grande coligação, mas os guardenses começaram a acordar e perderam o medo». O autarca voltou a defender que esta é «uma oportunidade histórica para aproveitarmos fundos comunitários», assegurando que «se for eleito morarei cá. Algumas vezes terei de sair para procurar oportunidades, mas em defesa da Guarda, não no passeio», ironizou. «Não quero saber se o Governo é liderado pelo meu partido, eu não me vergo», prometeu o social-democrata, criticando aqueles que «dizem que a culpa é do Governo, mas se amanhã for outro vamos ver se dizem o mesmo». O jantar-convívio compreendeu ainda uma atuação de André Sardet.
Sara Quelhas