As encomendas ao sector da construção atingiram valores mínimos desde janeiro de 1989, altura em que a Federação Portuguesa da Indústria da Construção e Obras Públicas iniciou inquéritos regulares junto dos empresários.
A carteira de encomendas das empresas de construção manteve-se em queda ao longo dos meses já decorridos de 2013, atingindo os 5,3 meses de produção assegurada em maio último, de acordo com os empresários do sector.
Na análise de conjuntura da FEPICOP-Federação Portuguesa da Indústria da Construção e Obras Públicas relativa ao mês de maio, o valor das encomendas é mesmo o mínimo de toda a série do inquérito mensal à atividade promovido junto dos empresários da construção e cujo início remonta a janeiro de 1989.
«A redução continuada da procura tem sido uma das responsáveis pela grave crise vivida pelo sector, a qual se tem traduzido num avolumar das insolvências de empresas de construção (que este ano e até final de julho representaram 20 por cento do total de insolvências ocorridas no país) e do desemprego com origem nesta atividade (em cada cinco postos de trabalho destruídos no último ano, um era do setor da construção)», explica a FEPICOP em comunicado.
A mesma federação nota ainda que até final de maio, a área licenciada para construção de habitação reduziu-se 38 por cento, em termos homólogos, com o número de fogos licenciados a cair 42 por cento no mesmo período. «Por seu turno, a área autorizada para construção de edifícios não residenciais diminuiu 18 por cento, quebra esta atenuada pelo crescimento verificado nas áreas destinadas à agricultura e pescas e à indústria (evolução homóloga de +27%, em termos agregados)».
