A Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública – Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEF), Sindicado de Professores da Região Centro (SPRC), o Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL) e o Sindicato dos Trabalhadores da Função Pública do Centro (STFP) – e a CGTP, promovem amanhã uma greve nacional da Administração Pública para contestar a «forte ofensiva» do Governo relativamente aos serviços públicos, direitos dos trabalhadores e poder de compra.
Os sindicalistas exigem à maioria PSD/PP um sistema de avaliação de desempenho que promova a melhoria contínua das competências dos trabalhadores, através de um processo de avaliação rigoroso, imparcial e sem quotas; emprego que assegure a estabilidade e segurança aos trabalhadores, bem como uma maior dotação de profissionais de saúde que permita dar resposta de qualidade e segurança às necessidades dos utentes e que os serviços de saúde garantam os direitos consagrados na lei. A Frente Comum exige ainda que o Governo assuma a responsabilidade pelo investimento na escola pública e que retroceda na concessão de serviços públicos, principalmente nos sectores da Justiça, Administração Local (resíduos sólidos e água), Saúde e Educação. O aumento generalizado de preços, a perca do poder de compra e o não aumento dos salários são os principais factores da contestação. E isto porque em Setembro do ano passado, a Frente Comum propôs ao Governo o aumento de 5,5 por cento nos índices 100 das diferentes carreiras, aumento mínimo de 50 euros, aumento do subsídio de refeição de seis euros e a actualização das restantes prestações pecuniárias em 5,5 por cento e para a qual não obtiveram qualquer contraproposta do Governo ou uma discussão salarial.