Um “hat-trick” de Bruno Coutinho e um bis de Silva garantiram mais uma importante vitória do Ginásio Figueirense na corrida pelo título de campeão distrital da Guarda. A equipa de Adelino Guerra continua na frente da prova, mas só na companhia do Souropires, já que o Desportivo de Gouveia cedeu um empate caseiro com o Sporting da Mêda. Frente ao Vila Cortês, a turma de Figueira de Castelo Rodrigo teve o mérito de aproveitar da melhor forma as muitas “ofertas” concedidas pela defesa da equipa da casa.
O Figueirense colocou-se em vantagem no marcador, logo aos 6’, por intermédio de Bruno Coutinho, que teve uma tarde muito inspirada. Pedro Mendes subiu pelo flanco direito e assistiu o seu colega da frente que, completamente isolado, fez um bonito “chapéu” a Ricardo, saído da baliza. Quando se pensava que a equipa visitante partiria para uma vitória tranquila, o Vila Cortês ainda deu “um ar da sua graça” aos 18’, quando Saraiva restabeleceu a igualdade transformando de forma irrepreensível um livre directo. No entanto, foi sol de pouca dura, já que aos 23’ Bruno Coutinho aproveitou mais um falhanço de Hugo, o seu marcador directo, para parar o esférico e rematar para o fundo das redes. Tremenda eficácia do atacante figueirense que desperdiçou nova flagrante oportunidade aos 32’, quando, só com Ricardo pela frente, atirou muito por cima. Quatro minutos depois, Coutinho apontou o seu terceiro golo, beneficiando, mais uma vez, de uma falha de marcação após um lançamento longo de Zé Santos. Neste cenário, o Vila Cortês bem tentou responder, mas sem grandes jogadas de perigo.
No regresso das cabinas, Ismael Rodrigues mexeu na equipa e colocou o rápido Zézé no lugar de Hugo, numa tentativa de causar mais calafrios ao último reduto do Figueirense. Contudo, foi mesmo a equipa forasteira quem marcou por mais duas vezes no espaço de seis minutos, entre os 53’ e os 59’, através de Silva. Primeiro, com um bom remate à entrada da área e depois, num desvio ao segundo poste, após defesa incompleta de Ricardo a um cabeceamento de Manuel Rodrigues. Pelo meio, o Figueirense ainda falhou outra ocasião soberana, com Silva, isolado, a permitir a defesa de Ricardo. Estranhamente, quando se pensava que o Figueirense iria construir um resultado ainda mais dilatado, o jogo perdeu interesse e o resultado manteve-se inalterável até ao final. O trio de arbitragem, chefiado por Renato Gonçalves, realizou um trabalho razoável, com alguns erros, mas sem grande interferência no resultado.
Ismael Rodrigues, treinador do Vila Cortês, reconheceu que a defesa esteve «em tarde não», cometendo «demasiados erros» que foram «aproveitados da melhor forma» pelo adversário. Por seu turno, Adelino Guerra, que já vai na quarta vitória consecutiva desde que assumiu o comando técnico do Figueirense, desvalorizou os números do triunfo, optando por destacar que a equipa está «a cumprir e está bem física e animicamente para alcançar o objectivo de sermos campeões».
Ricardo Cordeiro