O Sindicato dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações (SNTCT) apelou terça-feira, na Guarda, às autarquias das povoações com estações de correios para manifestarem revolta contra a transferência destes serviços para as Juntas de Freguesia. O dirigente sindical Zulmiro Almeida acusou, por outro lado, os CTT de tentarem «demitir-se das suas funções», procurando atirar para as Juntas de Freguesia a responsabilidade do serviço de correio. Segundo este sindicalista, na freguesia de Rochoso, concelho da Guarda, a autarquia «recusou aquela incumbência, tendo a Administração dos CTT recorrido de imediato a um particular, pelo que a estação de correios encerrará, sendo substituída por um posto de correio instalado num comércio local». «Seja ele tasca, mercearia, café ou hotel, não tem nunca condições para a prestação de um verdadeiro serviço público de correios», defendeu Zulmiro Almeida. Por outro lado, o sindicalista adiantou que «não cabe às autarquias, até porque não está nas suas competências legais nem nas incumbências específicas dos eleitos, e muito menos aos particulares, assumir tais responsabilidades, enquanto os CTT viram as costas e se demitem da sua função enquanto serviço público». O dirigente sindical lamentou, contudo, que em algumas localidades as autarquias tenham aceite a transferência dos serviços de correios, citando como exemplo os casos de Algodres e Sobral Pichorro, no concelho de Fornos de Algodres, de Marialva, no concelho de Mêda, e Lagarinhos e Paranhos, no concelho de Seia.