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Covilhã e Fundão podem dar origem ao município da Cova da Beira

Repto foi lançado pelo autarca fundanense após assinatura da constituição da Associação de Turismo Cova da Beira

Os presidentes das Câmaras da Covilhã e do Fundão assinaram no sábado o documento de constituição da Associação de Turismo Cova da Beira, naquele que poderá ser o primeiro passo para a criação do município da Cova da Beira. Esta foi, pelo menos, a convicção manifestada pelo autarca fundanense na cerimónia comemorativa do 142º aniversário da cidade da Covilhã.

O objetivo da associação é «a promoção do desenvolvimento turístico da região de uma forma sustentada e integrada, concertando entidades públicas e privadas com vista à definição de estratégias de promoção turística em Portugal e no estrangeiro» e visando uma plataforma de cooperação regional. Paulo Fernandes defendeu que «já era hora de percebermos que, nos desafios contemporâneos, era essencial a lógica subregional de maior integração de serviços e era fundamental começarmos a ter uma agenda concreta para desenvolvermos esse desígnio». O presidente da Câmara do Fundão disse ainda acreditar que «daqui a meia dúzia de anos, se calhar, estaremos a dar ao cidadão a possibilidade de se pronunciar para o que é um desígnio desta região, que é a criação do município da Cova da Beira». O edil considerou que «não vamos perder identidade», até porque «esta é capaz de ser a única verdadeira cidade que temos no interior do país», defendendo que «ganhamos todos» com o facto de «podermos ter uma estrutura administrativa de um nível superior».

Já Carlos Pinto sustentou que o acordo entre a Covilhã e o Fundão «terá repercussões imensas», assim espera, na promoção turística da Cova da Beira, «projetando a própria Beira Interior no país e na Europa. Mas abre-se um mundo de colaborações e espero que outras iniciativas em curso sejam concretizadas no mesmo espírito que aqui nos trouxe». O autarca covilhanense sustentou que «se algum núcleo urbano pode invocar uma extraordinária capacidade para se reinventar e superar dificuldades, a Covilhã de hoje é um exemplo sem paralelo no nosso país». Nesse sentido, realçou que «o tamanho e a dimensão das cidades pouco conta», considerando que «todo o percurso dos últimos anos desta Câmara foi uma constante recusa da estagnação e do medo de decidir, da recusa da tergiversação perante a mediocridade e os eternos “velhos do Restelo”».

O edil assinalou também ser este o último aniversário em que se dirigiu aos covilhanenses como presidente da Câmara: «Sempre estabeleci com quem me elegeu um diálogo que procurei que fosse objetivo à volta dos problemas da cidade e das suas soluções, um diálogo de verdade. É nessa verdade que concluirei o meu mandato», declarou. Sobre o futuro, apenas disse que continuará «a procurar defender o prestígio das instituições e dos que são mandatários do povo», garantindo que sente «diariamente o prazer das ideias para levar a cabo, do estímulo para as realizar para benefício de todos», bem como «o entusiasmo, como se estivesse hoje a começar esta aventura de concretizar ambições de todos». No Dia da Cidade, a Câmara homenageou com a medalha de mérito municipal o padre Fernando Brito, o advogado Manuel Antunes Ferreira, o médico João Casteleiro, o empresário e artista plástico Artur Aleixo, o empresário José Braz e a professora Isabel Fael. A autarquia distinguiu ainda o Conservatório Regional de Música da Covilhã, a Fundação Anita Pina Calado, o Grupo Educação e Recreio Campos Melo e o Centro Cultural “Os Serranos”, sediado nos Estados Unidos. Foi ainda feita uma distinção pública ao Coronel Jorge Gaiolas pelo trabalho efetuado à frente da coordenação da segurança do estágio nacional da seleção nacional de futebol em 2010.

Carlos Pinto propõe a criação de zonas económicas especiais

No seu discurso, o presidente da Câmara da Covilhã realçou que «se o governo oferece o sacrifício de toda uma geração de portugueses para salvar a dívida dos banqueiros internacionais, que exija em contrapartida, medidas excecionais para o nosso país» e que se deverá chamar «plano de salvação da própria União Europeia».

Deste modo, o autarca considera «necessário que se consiga para Portugal a liberdade de criação de zonas económicas especiais, com muito menor carga fiscal, com relações laborais reduzidas à sua expressão mais simples e menos contributivas para o Estado». Zonas para as quais se procuraria atrair o investimento direto estrangeiro, que se transformaria em centros de produção de bens e serviços para todo o mundo, a custos reduzidos no contexto europeu. O autarca reforçou que «já há 10 anos» que a Covilhã solicitou a criação de uma zona destas ao governo da época, mas não obteve qualquer resposta.

Ricardo Cordeiro Carlos Pinto e Paulo Fernandes teceram elogios mútuos na cerimónia

Comentários dos nossos leitores
Beirão dsfsd@gmail.com
Comentário:
Cão e gato entendem-se ao final de tantos anos? è uma vergonha estes isolamentos.
 

Covilhã e Fundão podem dar origem ao
        município da Cova da Beira

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