Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida defende que o Ministério da Saúde pode e deve limitar o acesso aos medicamentos mais caros para tratar estas doenças.
Em prol da luta contra o desperdício e a ineficiência, o Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida defende que o Ministério da Saúde pode e deve limitar o acesso aos medicamentos mais caros para tratar doenças como o cancro ou a sida.
Em entrevista à Antena 1, Miguel Oliveira da Silva, presidente deste órgão consultivo, afirma que «não só é legítimo como, mais do que isso, desejável». «Vivemos numa sociedade em que, independentemente das restrições orçamentais, não é possível, em termos de cuidados de saúde, todos terem acesso a tudo», afirma.
«Será que mais dois meses de vida, independentemente dessa qualidade de vida, justifica uma terapêutica de 50 mil, 100 mil ou 200 mil euros? Tudo isso tem de ser muito transparente e muito claro, envolvendo todos os interessados», sustenta o responsável.
Segundo a rádio pública, no parecer solicitado pelo Ministério da Saúde o Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida defende que o racionamento de tratamentos é legítimo e deve ser feito depois de ouvidos os médicos, os gestores e os doentes. «É uma luta contra o desperdício e a ineficiência, que é enorme em Saúde», remata Miguel Oliveira da Silva.
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