O vereador da Câmara da Guarda com o pelouro da cultura, Virgílio Bento, esteve na inauguração da exposição “Kamamudra” de Vítor Pomar, que teve lugar no TMG no sábado, e voltou a manifestar-se contra a intenção do Governo encerrar as empresas municipais que não tenham lucro.
O autarca referiu que o município guardense, em conjunto com as autarquias de Lisboa e Guimarães, «encabeçou um movimento na defesa das empresas municipais, alertando para as consequências culturais e sociais que poderão advir do seu encerramento», mas que «a lei infelizmente acabou por sair». Virgílio Bento avisou que, se a medida for avante, «um dos campos mais prejudicados será indubitavelmente o da cultura, e uma das consequências será deixarmos de ter um espaço como o TMG». Virgílio Bento condenou também «a apatia de um país que está totalmente anestesiado», lembrando que «só agora algumas autarquias começam a acordar para o problema». O vereador deixou a promessa de «continuar a lutar até às últimas consequências na defesa daquilo que consideramos prioritário», afirmando que «o interior não é um deserto e tem direito à vida» e que «não deve ser colocado em causa algo que levou muito tempo a construir».
O autarca espera «envolver todas as câmaras nesta causa», mas foi dizendo que «esta luta não é exclusiva das autarquias, mas deve ser uma ação cívica na qual todos os cidadãos devem participar».
Obras de Vítor Pomar para ver até dia 28 de outubro
mostra inaugurada no sábado surge no âmbito da trilogia “Uma Pátria Assim…”, uma série de três exposições iniciada em junho, sendo todas elas constituídas, quase exclusivamente, por pintura recente (2006-2012). Esta exposição é a última, e recebeu o nome de “Karmamudra”, que segundo Vítor Pomar «invoca a dimensão simbólica que está presente em toda a atividade humana, e em particular nos relacionamentos e união de energias». A mostra estará patente até ao próximo dia 28 de outubro, e pode ser visitada de terça a sexta-feira das 16 às 19 horas, e as 21 às 23 horas, ao sábado entre as 15 e as 19 horas, e entre as 21 e 23 horas, e ao domingo das 15 às 19 horas. A entrada é livre.
Américo Rodrigues, diretor do TMG, mostrou «satisfação» pela oportunidade de exibir na Guarda «a obra de uma das figuras mais importantes das artes plásticas portuguesas. O responsável lamentou ainda que esta possa ser uma das últimas exposições a ter lugar naquele espaço, afirmando que «a ação do Governo tem sido de asfixia total na área da cultura».
Fábio Gomes
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