O autarca covilhanense apelou aos deputados do PSD e da CDU para tomarem uma posição contra os dirigentes do Sport Tortosendo e Benfica que estão a agir «com frieza e indiferença» numa situação que envolve 148 famílias. Em causa está a acção que o clube desportivo entregou no Tribunal da Covilhã, a reclamar a posse dos terrenos onde foram construídos os blocos de habitação social sem qualquer autorização ou indemnização. «148 famílias do Tortosendo vão estar mais mal instaladas em Dezembro do que poderiam estar», criticou Carlos Pinto, adiantando que a Câmara está disponível para «apelar a um entendimento». Prova disso é a proposta da criação de uma comissão arbitral constituída por três elementos – um da Junta de Freguesia do Tortosendo, outro do Sport Tortosendo e Benfica e um magistrado aposentado, de comum acordo – e que o clube rejeitou. Além disso, esta proposta previa ainda a criação de uma garantia bancária para «ressarcir a parte lesada deste imbróglio existente entre a Junta e o clube». Recorde-se que o contencioso entre o Sport Tortosendo e Benfica, a Câmara da Covilhã e a Junta de Freguesia do Tortosendo arrasta-se há mais de oito meses, com a Junta e o clube a reclamarem a propriedade dos terrenos. “O Interior” tentou contactar o presidente da Assembleia Geral do Clube, Artur Meireles, mas este preferiu não comentar as declarações do autarca covilhanense, garantindo que «na altura própria» serão esclarecidas todas as questões em relação ao assunto.
