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Elizabeth Deshays, A criança bilingue – Falar duas línguas: uma sorte para o seu filho.

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Elizabeth Deshays conta-nos a sua própria experiência enquanto mãe: falar ou não duas línguas com o seu filho?

Se por algum motivo se encontra na mesma situação, para elucidar o seu “problema” basta ler com atenção este livro. A autora também acrescentou à sua vivência um estudo de várias crianças envolvidas em situações bilingues.

– Existem casais mistos, deve-se falar ou não a língua do pai estrangeiro?

– Existem casais estrangeiros ou seja emigrantes vivendo num país que não é o deles, como deve ser a relação entre a língua materna e a do país acolhedor?

– Existem casais mistos emigrantes vivendo num país que não é de nenhum deles e onde a língua é diferente tanto de um como do outro. Falar três línguas à criança será aconselhado?

Apesar da diversidade de casos apresentados Elizabeth Deshays tenta exemplificar da forma mais concreta possível ajudando assim o leitor a aproveitá-los para a sua própria experiência. Ficamos então a saber quando se pode começar a falar na língua estrangeira ao seu filho e com que cuidados teremos que nos preocupar para que se estabeleça uma boa relação entre crianças bilingues e a Escola. Porque falar numa língua estrangeira para o seu filho não é uma tarefa assim tão fácil como pode parecer, surgem constrangimentos por parte da família não estrangeira mas, também da sociedade e , por vezes, até da própria criança. Tais acontecimentos podem prejudicar o desenvolvimento na criança da língua estrangeira mas, para conseguir ultrapassar essas dificuldades Elizabeth Deshays indica algumas soluções, obviamente tal não obriga a que resultem em todas as situações pois não existem receitas e cada caso é um caso.

Porém, Elizabeth Deshays proclama a sorte que algumas crianças têm de poder falar duas línguas desde o nascimento e só assim é que estas poderão tornar-se totalmente bilingues. Mas, acrescenta que essa sorte não deveria apenas existir para estas crianças. Todas as crianças deveriam frequentar um ensino precoce de uma língua estrangeira para lhes facultar oportunidades a que só crianças bilingues têm acesso tais como “ultrapassar os limites da sua própria cultura, abrir-se a outros mundos”.

Por: Florbela Rodrigues

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