À partida para este desafio, a balança da tabela classificativa pendia mais para o lado dos donos da casa. Ainda assim, a formação fozcoense veio determinada a complicar a contabilidade à equipa da Guarda. Num terreno bastante empapado e pesado, o Foz Côa ganhou vantagem no marcador aos 17’, numa altura em que ainda não tinha havido oportunidades de golo para nenhum dos conjuntos.
Uma grande penalidade cometida por Luís Maio, que agarrou um adversário na pequena área, deu origem ao primeiro golo da partida apontado por Guerra. Dois minutos depois surgiu mais um pénalti, desta feita na área visitante a punir uma mão na bola de Iero. Contudo, Pirri rematou ao lado e não aproveitou esta oportunidade soberana para igualar o marcador. Os anfitriões procuraram anular a vantagem forasteira de todas as formas e, aos 23’, Pirri redimiu-se do falhanço anterior. Na sequência de uma jogada pela esquerda do ataque guardense surgiu o cruzamento para a entrada da área, onde o número 9 do Mileu, pleno de oportunidade, ficou cara-a-cara com Valter e desta vez não deu quaisquer hipóteses de defesa. A partir do golo da igualdade, o marasmo tomou conta dos jogadores e, até ao final da primeira parte, o golo apenas por uma vez esteve eminente. Aos 31’, Andrew ganhou espaço na esquerda do seu ataque, progrediu para a área adversária onde rematou forte para boa intervenção de Sampaio.
Na segunda parte, o Mileu entrou melhor e, aos 49’, Acelino, dentro da área, depois de ter passado por dois adversários, não conseguiu acertar com a baliza. Após esta situação, o desafio entrou na mesma toada de equilíbrio. Bastante competitivo a meio-campo, mas também bastante mal jogado, principalmente até à meia-hora do segundo tempo, momento em que Victor Espinhaço foi travado em falta à entrada da área. Na sequência desta infracção, Stromberg transformou o livre de forma irrepreensível, colocando pela primeira vez o Mileu em vantagem no marcador. A partir deste golo, a equipa da casa ficou mais compacta defensivamente e, com as alas bem abertas, começou a criar algumas situações de aperto para o Foz Côa. Ainda assim, o golo da tranquilidade só surgiu em tempo de compensações. Stromberg, desmarcou-se bem pela direita e, à saída de Valter, deu de bandeja para Pirri empurrar e fazer o 3-1 final. O árbitro Luís Brás esteve à altura dos acontecimentos.
António Fonseca, “Jogo Limpo”, Rádio F