A exposição “Visto a esta luz”, de Mário Cesariny (1923-2006), está patente até dia 29 na galeria de arte do TMG.
Considerado o expoente máximo do surrealismo em Portugal, esta mostra é composta por obras da coleção da Fundação Cupertino de Miranda, sediada em Vila Nova de Famalicão, com o objetivo de dar uma visão global da obra pictórica de Cesariny. Há pinturas, desenhos, colagens e “sopografias”, entre outras técnicas usadas pelo artista cujo trabalho é marcado pela espontaneidade e a subversão, mas também por uma dimensão mágica e onírica com forte predomínio da cor e da desordem. O “non-sense”, o absurdo e a experimentação são outras características da obra plástica de Mário Cesariny, que estudou na Escola de Artes Decorativas António Arroio e aderiu ao neo-realismo no final da década de 30 do século passado, movimento de que se desligou em 1946. No ano seguinte conheceu André Breton, “pai” do surrealismo, e participou na fundação do Grupo Surrealista de Lisboa, do qual se afasta em 48 para criar o grupo “Os Surrealistas” com o qual participa na primeira exposição desta tendência artística. Foi através do surrealismo que o seu trabalho, literário e plástico, se desenvolveu e ganhou notoriedade como exteriorização e sentido estético do seu entendimento daquele movimento.
