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Cooperação empresarial luso-espanhola com novo símbolo

COEMBESA vai gerir 1,5 milhões de euros para fortalecer sector da Beira Interior e Castela e Leão

A Câmara de Comércio e Indústria do Centro (CEC), a Agência de Desenvolvimento Económico (ADE) de Castela e Leão e a espanhola Fundação Rei Afonso Henriques têm em marcha nos próximos 18 meses mais um projecto de cooperação empresarial transfronteiriça. A iniciativa, que implica um investimento superior a um 1,5 milhões de euros, foi apresentada sexta-feira na Guarda e vai desenvolver-se essencialmente na Beira Interior Norte e na província de Salamanca.

A COEMBESA – Cooperação Empresarial Beira Interior Norte – Salamanca, vai disponibilizar gabinetes de cooperação, promover encontros empresariais, apoiar a internacionalização das empresas (agro-alimentares e vinhos) e elaborar uma estratégia conjunta de promoção do turismo regional. O primeiro passo desta colaboração transfronteiriça deverá resultar num estudo sócio-económico desta região, a apresentar no próximo semestre, que vai contribuir para um melhor conhecimento da realidade regional numa altura em que se aproxima o alargamento da União Europeia aos países de Leste. Os destinatários deste projecto são as empresas que desenvolvam ou pretendam desenvolver actividades económicas em Castela e Leão e no interior Centro, sendo financiado pela União Europeia através do FEDER e pelo Interreg III. O objectivo é conseguir que os sectores empresariais de ambas as regiões se conheçam mutuamente e desenvolvam iniciativas comuns. Para além do estudo, a COEMBESA gerará um guia do investidor e das feiras, estando ainda prevista a realização simultânea de dois grandes encontros empresariais em Espanha e Portugal. «Estas iniciativas somam-se a outros projectos de aproximação entre os dois países, como a A25, a autovia de Castilha ou o TGV, que poderão criar expectativas muito fortes em relação ao futuro desta região transfronteiriça», explicou Almeida Henriques, presidente reeleito do CEC.

Opinião idêntica tem Juan Inácio Perez, da ADE, para quem estas novas infraestruturas irão facilitar um «incremento da cooperação empresarial, tornando-a mais forte e decisiva com projectos persistentes em ambos os lados da fronteira». Já o secretário-geral da Fundação Rei Afonso Henriques, que vai gerir o gabinete de consultadoria e informação, considera que a cooperação empresarial é «fundamental» ao desenvolvimento regional, desafiando desde já os empresários a «actuar conjuntamente» em mercados externos. «Só temos a ganhar se os nossos associados tiverem uma estratégia ibérica», acrescenta Almeida Henriques, que espera que o alargamento da União Europeia seja também uma oportunidade para os empresários do Centro de Portugal e de Castilha e Leão: «É um mercado de 80 milhões de habitantes que se abre. Há que saber transformar ameaças em oportunidades jogando no efeito de antecipação e, porque não, deslocalizar alguns sectores para esses países onde a mão-de-obra é mais barata». Entretanto, os novos órgãos sociais do CEC foram ontem empossados numa cerimónia, realizada em Aveiro, que contou com a presença de Carlos Tavares, ministro da Economia, e que serviu ainda para a apresentação do PRIME.

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