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Pintura de Mário Cesariny na Guarda

TMG acolhe obras da coleção da Fundação Cupertino de Miranda até final de julho

O TMG inaugura no sábado uma exposição de Mário Cesariny (1923-2006), considerado o expoente máximo do surrealismo na pintura em Portugal, com obras da coleção da Fundação Cupertino de Miranda, sediada em Vila Nova de Famalicão.

A mostra, intitulada “Visto a esta luz”, procura dar uma visão global da sua obra pictórica, que inclui pinturas, desenhos, colagens e “sopografias”, entre outras técnicas. O seu trabalho é marcado pela espontaneidade e a subversão, mas também por uma dimensão mágica e onírica com forte predomínio da cor e da desordem. O “non-sense”, o absurdo e a experimentação são outras características da obra plástica de Mário Cesariny, que estudou na Escola de Artes Decorativas António Arroio e aderiu ao neo-realismo no final da década de 30 do século passado, movimento de que se desligou em 1946. No ano seguinte conheceu André Breton, “pai” do surrealismo, e participa na fundação do Grupo Surrealista de Lisboa, do qual se afasta em 48 para criar o grupo “Os Surrealistas” com o qual participa na primeira exposição desta tendência artística.

Foi através do surrealismo que o seu trabalho, literário e plástico, se desenvolveu e ganhou notoriedade como exteriorização e sentido estético do seu entendimento daquele movimento. «As suas obras revelam o seu caráter de rutura e pronúncio de grande liberdade de expressão. Os seus trabalhos procuram uma ousadia na manipulação dos materiais, alcançando resultados no âmbito do informalismo. Um sentido experimental, com a obtenção de resultados onde manipula e intervenciona o seu trabalho de forma a que este mantenha um aspeto de acaso de carácter abstrato. (…)», refere António Gonçalves, comissário da exposição que está patente na galeria de arte até 29 de julho.

Cesariny é o expoente máximo do surrealismo em Portugal

Pintura de Mário Cesariny na Guarda

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