Fonseca Ferreira quer credibilizar o PS no distrito e colocar a Guarda no «mapa» das políticas públicas nacionais. Estes são dois dos seis eixos da moção que a sua candidatura vai levar ao congresso federativo de meados de junho.
O candidato propõe ainda uma nova forma de fazer política, baseada em valores «cívicos e republicanos», e pretende promover uma reflexão estratégica dos pontos fortes e fracos do distrito para «construir uma visão para o futuro e definir os projetos para o seu desenvolvimento». Por outro lado, se for eleito presidente da Federação do PS, o ex-dirigente da Federação de Lisboa quer ganhar as autárquicas de 2013 e anunciou que se demitirá se os resultados forem inferiores aos «objetivos quantificados que iremos definir a seu tempo». A promessa é uma indireta ao seu adversário nestas eleições, o atual líder socialista José Albano Marques: «Se houvesse essa maneira de estar na Federação, talvez o PS estivesse melhor na Guarda», considerou. Fonseca Ferreira disse que veio encontrar um partido «muito desmobilizado e dividido», pelo que considera prioritário recuperar «a credibilidade, prestígio e capacidade política que perdeu nos últimos quatro anos».
Na segunda-feira, o engenheiro desafiou o opositor para um debate público – que este tem recusado – e adiantou que espera «há 15 dias» pela calendarização de debates nas concelhias até às eleições. Sem resposta «resolutiva» continua também o diferendo sobre a constituição da Comissão Organizadora do Congresso (COC), com o candidato a rejeitar a crítica de ter criado um facto político. «Além da de haver falta de democracia neste processo, a forma como a COC foi decidida viola os estatutos do partido», sustentou, dizendo que está «a lutar contra condições de desigualdade», mas que não desistirá. «A COC não tem a nossa confiança, mas penso contar com a verticalidade dos seus elementos», acrescentou. O candidato divulgou ainda a lista dos seus mandatários e diretores de campanha concelhios, onde se destacam, entre outros, Delfina Pimentel (Aguiar da Beira), Carlos Noutel e João Agra (Gouveia), Carlos Santos e Nuno Almeida (Guarda), Esmeraldo Carvalhinho (Manteigas) e Fernando Girão (Foz Côa). Em termos distritais, Maria do Carmo é mandatário e Pires Veiga diretor de campanha.