Começa esta noite, em Castelo Branco, a décima edição do Festival Y dedicados às artes performativas contemporâneas. Organizado pela associação Quarta Parede, o evento reparte oito espetáculos pela Covilhã e Guarda, além da cidade albicastrense, até 29 de maio.
Na passada quinta-feira, em conferência de imprensa, Rui Sena, presidente da direção da Quarta Parede e diretor artístico, admitiu que esta edição foi «a mais difícil de organizar devido às restrições financeiras». Isto porque a Direção Geral das Artes, o principal financiador, reduziu o seu apoio em 38 por cento, o que limitou o orçamento do Y a 35 mil euros, onde se destacam os subsídios das autarquias de Castelo Branco e Guarda. «Estas restrições implicaram menor quantidade de espetáculos, mas a qualidade está assegurada», sublinhou o responsável, prometendo que, «apesar de todas as adversidades, não desistiremos». Tal como em anos anteriores, o festival realiza-se nas três principais cidades da Beira Interior, arrancando esta noite no Cine-Teatro Avenida, de Castelo Branco, o espetáculo de dança “The Trap”, de Mariana Tengner.
No dia 19 o Y muda-se para o auditório do Teatro das Beiras, na Covilhã, onde Rui Monteiro apresentará “Diatom”, uma criação que mistura efeitos audiovisuais e música eletrónica. Por sua vez, Sérgio Pelágio protagonizará, a 21 e 22 de maio, um concerto-atelier direcionado para o público escolar da cidade, intitulado “Histórias magnéticas – Enquanto o meu cabelo crescia”. No dia seguinte, o espanhol Daniel Abreu mostra o a dança contemporânea de “Perro” em Castelo Branco. Na Covilhã, o artista basco Horman Poster subirá ao palco no dia 24 com a performance teatral “Pasado perfecto”. Esta proposta é apresentada no Y no âmbito do projeto “Do outro lado/Al otro lado”, desenvolvido em conjunto com o espaço La Fundición, em Bilbao. O único espetáculo programado para o TMG (Guarda) acontece dia 25 e é um concerto pela eclética banda AbztraQt Sir Q.
O festival reservou os últimos dias para a cidade sede da Quarta Parede. A dança é o elo comum entre a companhia Paulo Ribeiro, que propõe “Sábado 2” (dia 26), e Matxalen Bilbao, que interpretará a solo “Sast!” no derradeiro dia do Y, a 29 de maio. Esta última criação faz parte do projeto “Do outro lado/Al otro lado”. Ambos os espetáculos podem ser vistos no auditório do Teatro da Beiras.