A Águas do Zêzere e Côa (AdZC) contesta o estudo da AEPSA (Associação das Empresas Portuguesas para o Sector do Ambiente), segundo o qual estaria em situação de falência técnica e sem capitais próprios – que O INTERIOR noticiou na última edição.
Em comunicado, a empresa de abastecimento de água e saneamento que serve 16 municípios dos distritos da Guarda, Castelo Branco e Coimbra recorda que terminou o ano de 2010 com um resultado antes de impostos superior a 300 mil euros, «sinal evidente da viabilidade da empresa e da eficácia das medidas de redução de custos adotadas para a sua recuperação». Também os capitais próprios são «positivos» e estão «bem evidenciados no Relatório e Contas, referente ao exercício 2010», disponível para consulta em www.adzc.pt. A empresa refere ainda que o valor global da dívida dos municípios era de 30 milhões de euros no final do primeiro semestre deste ano, «dos quais 27 milhões se encontram vencidos». De resto, a AdZC recorda que já investiu mais 250 milhões de euros desde o início da concessão, em 2000, repartidos pela melhoria das redes de abastecimento (113 milhões) e de saneamento (137 milhões).
«Ao longo destes onze anos de atividade, registaram-se melhorias significativas na qualidade da água e do serviço e sua garantia, e nas taxas de atendimento no abastecimento de água. Praticamente todos os municípios registam níveis de eficiência próximos dos 100 por cento, também em saneamento em todos os municípios as taxas de atendimento passaram para o dobro e, nalguns deles, antes sem qualquer cobertura, chegam agora a níveis de eficiência acima dos 90 por cento», justifica a AdZC.
A concessão da exploração e gestão do Sistema Multimunicipal de Abastecimento de Água e de Saneamento do Alto Zêzere e Côa tem um prazo de 30 anos e abrange os municípios de Almeida, Belmonte, Figueira de Castelo Rodrigo, Fundão, Guarda, Manteigas, Mêda, Penamacor, Pinhel, Sabugal, Aguiar da Beira, Celorico da Beira, Fornos de Algodres, Gouveia, Oliveira do Hospital e Seia.
