A Câmara da Mêda contesta, em comunicado, o fecho do Serviço de Atendimento Permanente (SAP) no horário noturno, entre as 20 e as 8 horas, no centro de saúde da cidade.
A decisão foi tomada pela Administração Regional de Saúde (ARS) do Centro, mas a autarquia discorda da medida por considerar o serviço uma «mais-valia para o bem-estar de todos os munícipes e que contribui para a fixação populacional num território tão desertificado», além de que a população que ali reside é «maioritariamente idosa e carente». A estes problemas, o município acrescenta ainda a questão da distância entre a Mêda e o Hospital Sousa Martins, na Guarda, ao qual está afeto o centro de saúde local. «São cerca de 70 quilómetros e não existe nenhuma equipa do INEM que possa assegurar os transportes mais urgentes e prestar os primeiros cuidados em casos de gravidade comprovada», alerta Armando Carneiro, o edil local. A Câmara já solicitou uma audiência ao secretário de Estado da Saúde para expor estes problemas e defender a manutenção do SAP 24 horas por dia. Entretanto, promete «desencadear todos os mecanismos ao dispor» para tentar impedir o anunciado fecho do SAP, pois com esta decisão «o que está em causa é o Estado Social, onde a saúde deve encontrar uma importância singular», acrescenta o autarca medense.