Quando o calor aperta, os beirões não fogem à regra e também procuram um lugar refrescante para passar um dia agradável. Este ano, um novo motivo de interesse é a praia artificial de Mangualde, bem perto do distrito da Guarda, que abriu no passado mês de junho. Menos recentes, mas igualmente bastante procuradas são as piscinas-praias da Covilhã ou de Castelo Branco, bem como as piscinas municipais da Guarda.
Uma piscina de água salgada, com uma linha de horizonte falsa e areal, localizada no interior do país, e a funcionar nos meses do verão. É este o conceito Live Beach, uma das maiores praias artificiais da Europa, inaugurada a 15 de junho em Mangualde pela mão da Live it Well Events, promotora de eventos. O projeto envolve um investimento de dois milhões de euros e contou com apoios e financiamentos privados. Mais de 20 mil metros quadrados de terreno abandonado da autarquia foram transformados num espaço aprazível e atrativo. A Live Beach conta com uma área de espetáculos, uma zona relvada com palco, tenda VIP, restaurante e “stands”. No recinto, onde foram criados cerca de 120 postos de trabalho sazonais, o dinheiro é substituído pelo “Cartão Live Beach” recarregável e válido para toda a época de funcionamento. O espaço tem 22.500 metros quadrados, um areal de 10.856 metros quadrados (40 centímetros de altura), com 6.500 toneladas de areia. A entrada custa cinco euros por dia, valor que desce para metade se o bilhete for adquirido depois das 16h30. Na compra de dois ingressos o terceiro é oferecido, sendo ainda possível adquirir um passe semanal por 30 euros. Para maiores de 65 anos, o preço é de três euros, e as crianças até cinco anos não pagam.
Por seu turno, as Piscinas Municipais da Guarda, localizadas no Bairro Nossa Senhora dos Remédios, assinalaram recentemente o seu 12º aniversário. Estão abertas diariamente entre as 9 e as 21 horas, excetuando às terças e quintas, em que abrem às sete horas, e aos domingos, em que encerram às 20. Os adultos pagam 4,5 euros de entrada, enquanto o bilhete para crianças dos 7 aos 14 anos custa três euros. Para crianças até seis anos, a entrada é grátis.
Piscina-praia de Castelo Branco é a que tem a entrada mais barata
Inaugurada em agosto de 2008, a piscina-praia da Covilhã continua a fazer as delícias de quem a visita. Localizado na zona norte do Jardim do Lago, o espaço de lazer tem 1.800 metros quadrados de espelho de água e capacidade para 2.800 pessoas, representando um investimento de cerca de três milhões de euros. Está equipada com um dos mais modernos sistemas de tratamento de água e produção de ondulação artificial. Está aberta diariamente das 10 às 20 horas e a entrada para os adultos custa cinco euros (três se a entrada for depois das 14 horas). As crianças até aos 4 anos não pagam e dos 5 aos 11 pagam dois euros, enquanto os portadores de cartão municipal pagam 2,50 euros. Quem pretender adquirir um pacote semanal beneficia de um desconto de 20 por cento.
Mais abaixo, a piscina-praia de Castelo Branco está aberta desde 2004 e tem uma área de água de 3.950 metros quadrados. Dispõe de uma zona de ondas, jatos de água nas zonas laterais, um cogumelo com efeito chuveiro e um escorrega que complementam as atividades dentro de água. A estrutura oferece 750 lugares de estacionamento e os balneários têm capacidade para mil pessoas. Está aberta diariamente das 9h15 às 19h30 e o ingresso para um adulto custa 3,25 euros, enquanto que as crianças dos 5 aos 11 anos pagam 2,25 euros e pessoas com mais de 65 anos 2,75 euros. Existe ainda a possibilidade de compra de um cartão de sete dias por 19 euros para adultos e 13 euros para crianças.
Piscinas são «boa alternativa» às praias em tempos de crise
Numa altura em que se fala mais do que nunca em crise, nem toda a gente tem dinheiro para ir de férias para outras paragens mais longínquas. É o caso de João Santos, que no último domingo passou o dia na piscina-praia da Covilhã, uma experiência que admite «repetir mais vezes quando estiver de férias, em agosto». Este residente no Fundão, que costumava ir para o Algarve no verão, salienta que «cada vez há mais dificuldades e temos que ir poupando dinheiro naquilo que não é estritamente essencial».Por isso, em vez de sair da região neste período, vai optar por ir com a família até «às piscinas-praias da Covilhã ou de Castelo Branco e até a algumas praias fluviais da nossa zona». Também André Cunha, mais jovem, já sabe que este ano não vai passar férias fora da Covilhã, onde reside, algo que parece não o deixar muito abalado: «Reconheço que estes são tempos difíceis e, apesar de não ser bem a mesma coisa, estas piscinas são uma boa alternativa às praias e assim sempre posso ficar junto dos meus amigos», justifica.
Ricardo Cordeiro 
