-Há quanto tempo fazes fotografia? E que tipo de fotografia fazes?
Faço fotografia há cerca de ano e meio, em que capto pormenores normalmente de objetos com que lidamos diariamente, mas a que não damos o devido valor!
-De onde vem o teu gosto por esta arte?
Desde pequenina que sempre adorei ver os álbuns de família…Era capaz de ficar uma tarde inteira “mergulhada” em fotografias… O facto de poder olhar para uma fotografia e entrar num momento passado, ou numa recordação esquecida sempre me fascinou imenso… e penso que é dos famosos álbuns de família que vem a minha paixão pela fotografia!
-A fotografia pode mostrar muito sobre quem fotografa?
Penso que sim…depende bastante da pessoa … Depende muito da alma que o fotógrafo deposita na sua fotografia… Mas penso que o fotógrafo tenta colocar sempre um bocadinho de si em todas as imagens e é isso que as torna tão únicas e originais!
-O que quiseste mostrar com este conjunto de fotografias que ganhou?
O que eu quis mostrar com este grupo de fotografias foi sem dúvida chamar a atenção sobre o cuidado que devemos ter para com o nosso planeta e como simples objetos do nosso quotidiano, que para nós podem parecer objetos sem mero significado, para o nosso ambiente podem ter uma enorme influência negativa…
-A tua máquina acompanha-te para todo o lado?
Não, nem para todo o lado… Eu em norma… escolho dias específicos para tirar fotografias, dependentemente do meu estado de espírito… Estes são aqueles dias em que ando com ela durante o dia inteiro e tento captar o máximo de pormenores possíveis.
-Se fosses um animal qual gostarias de ser e porquê?
Se eu fosse um animal seria uma formiga… Sim, pode-se dizer que é bastante peculiar… mas eu gostava de saber como é o mundo visto bem lá de baixo… gostava de saber como é ser um ser milimétrico junto de seres humanos que julgam que as formiguinhas são insignificantes, mas na realidade não são… Gostava de conhecer essa perspetiva! O mundo visto de baixo!
-Hoje é o último dia da tua vida: o que vais fazer?
Depois de algumas lamentações e algumas lágrimas derramadas… Depois de imensos abraços de despedida… pego na minha máquina e caminho sozinha com o objetivo de captar os objetos que marcaram os meus anos de vida… e depois analisá-los ao pormenor pela última vez…
-Gostaríamos que por fim deixasses um apelo aos jovens relativo à área de fotografia.
O apelo que vos deixo é:
A fotografia é uma das artes mas intensas que conheço… Uma simples imagem pode-nos chocar, alegrar, comover, transportar para lugares abstratos… É um instrumento poderoso na nossa sociedade… Eu só te peço que não permitas que esta arte se extinga… Pega no teu telemóvel, na tua câmara fotográfica enquanto podes e capta momentos para que os possas partilhar com os outros! Não guardes para ti os bons pedaços da tua vida! Fotografa-os! Faz história… faz arte!