«Cavaco Silva é o grande referencial dos portugueses em tempo de crise», garante Marques Mendes. O antigo líder do PSD inaugurou, na segunda-feira, a sede distrital da candidatura do actual chefe de Estado à Presidência da República na Guarda, onde deixou apelos à mobilização, porque nenhuma eleição é «um dado adquirido».
Marques Mendes afirmou que este escrutínio «é diferente» por acontecer em circunstâncias de crise «perigosa e profunda, que é urgente resolver porque está a contaminar tudo na sociedade portuguesa». O membro da comissão política da candidatura de Cavaco Silva considerou que é nestas alturas que «as pessoas querem ter referências que lhes dêem segurança, confiança e credibilidade», acrescentando que o actual presidente é aquele que melhor se encaixa nesse perfil. «A escolha de um chefe de Estado experiente e com provas dadas é incontornável», sublinhou, declarando que «não é tempo de se fazerem experiências, ou de trocar o certo pelo incerto».
O ex-líder do PSD também não esqueceu os indicadores confortáveis das sondagens, constatando que a candidatura, também apoiada pelo CDS, «entrou fortemente em eleitorados bem diferentes dos tradicionais». Marques Mendes recordou depois que foi Cavaco quem «alertou o país para esta situação há um ano», mas que na altura «“caiu o Carmo e a Trindade”», numa indirecta a Manuel Alegre. E acrescentou: «Se o tivessem ouvido em vez de o terem criticado, provavelmente não teriam sido tomadas entretanto decisões erradas». No final, ficou um desafio aos eleitores, pois «quando maior for o resultado, maior será a legitimidade do Presidente da República para representar como deve ser toda a população». Já Paulo Romão, novamente mandatário distrital, afirmou que Cavaco representa «o espírito de mudança e de crença que podemos fazer melhor pelo nosso país».