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Novo comandante quer PSP mais activa na Covilhã

Criação da secção de Operações e Informações e de Intervenção Rápida são as apostas de João Amaral para tornar o policiamento mais visível

Um policiamento com «mais visibilidade» e de «proximidade» com a população é o que promete o novo comandante da Polícia de Segurança Pública (PSP) da Covilhã para os próximos tempos. João Carlos Amaral, 45 anos, natural da Vila do Carvalho, há 20 anos na PSP, assumiu na última segunda-feira o comando da força de segurança pública na cidade substituindo Salvado Lopes. Apostado numa intervenção de «intensa visibilidade» de meios materiais e humanos em zonas urbanas com mais movimento para «dissuadir ou persuadir» os alegados criminosos, o novo comandante – que coordenou esta esquadra entre 1997 e 2000 em substituição do comandante da altura – já deu «indicações» para uma maior vigilância da Praça do Município e do Jardim Público, dois locais atractivos para os «“amigos do alheio”».

A criação de uma secção de Operações e Informações e de uma outra de Intervenção Rápida são também apostas e novidades de João Amaral para incutir mais segurança à população. A primeira, que deverá funcionar nas actuais instalações da PSP, tem por objectivo o «tratamento de toda a informação policial» para uma melhor actuação dos agentes. «Um elemento credenciado vai tratar, criteriosamente, todas as notícias que dizem respeito à criminalidade», explica o comandante, de modo a apurar «o tipo e as causas da mesma, bem como a faixa etária dos autores». Com esta valência, o comandante Amaral acredita que no futuro os agentes da PSP da Covilhã estarão «mais aptos» para fazer um bom «levantamento» das zonas mais perigosas, se bem que o mesmo irá ser efectuado «o mais cedo possível com os meios e os dados que temos» em todos os bairros covilhanenses, adianta.

Com a Secção de Intervenção Rápida, João Amaral pretende ter sempre agentes na esquadra aptos para qualquer situação de emergência. Nesta valia, comandada por um chefe, estarão envolvidos cerca de meia dúzia de homens, prontos a deslocarem-se e a ocuparem «ostensivamente» a malha urbana. Apesar de não ser possível a permanência deste serviço 24 horas sobre 24, dada a falta de pessoal, o novo comandante garante que o mesmo estará disponível fora do horário de expediente. «Durante esse período tenho homens que trabalham nos serviços internos. Fora dele, vou buscá-los para o reforço de policiamento à noite», esclarece, acreditando no sucesso da iniciativa. «Os homens estão motivados, as expectativas são muitas e não serão defraudadas», remata.

Reforço de efectivos só depois do Euro 2004

Bom conhecedor dos “cantos da casa”, João Amaral acredita que alguns dos problemas materiais que afectam os agentes podem ser resolvidos a breve prazo. É o caso do armamento, de alguns meios informáticos e de materiais que precisam ser substituídos ou reparados. A única excepção continua a ser a construção das novas instalações da PSP, adiada por causa da «crise» pelo Ministério da Administração Interna. Ainda assim, o comandante espera que este projecto «tão ambicionado» não fique na gaveta, até porque a tutela está «sensibilizada» para esta «necessidade», ainda para mais quando a secção da Covilhã vai passar a ser uma Divisão. Uma realidade que não acontecerá «nunca antes do Euro 2004», mas que trará muitas vantagens para agentes e cidadãos, pois a PSP terá «mais meios, mais recursos humanos e materiais». Também o reforço de efectivos, cuja média de idades do corpo policial ultrapassa os 30/40 anos, não será para já. «Não vamos ter mais agentes antes do Euro 2004», avisa o também segundo comandante da PSP de Castelo Branco.

Liliana Correia

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