P – Porque decidiu escrever este romance?
R – A leitura é uma paixão antiga. Por outro lado, a escrita tem sido a minha matéria-prima já que sempre trabalhei em comunicação. Por isso, foi o dar corpo a um sonho pessoal. Já tinha publicado algumas coisas, mas escrever um romance era o grande desafio.
P – Quais os principais objectivos ou metas a alcançar com este livro?
R – Temos de trabalhar por etapas. O objectivo pessoal e mais egoísta está conseguido – o prazer de ter escrito um romance. Depois, ter conseguido o apoio de uma grande editora, a Oficina do Livro, que apostou na obra e me permitiu chegar às grandes livrarias do pais. Esta semana estarei a apresentar o livro na Guarda, para a semana estarei em Lisboa. Agora é conseguir o máximo de vendas; não pelas vendas em si, mas pelo prazer de chegar ao maior número de pessoas.
P – De que trata o romance?
R – É um romance que reflecte sobre as emoções do amor e do desejo, das diferentes formas de infidelidade. São oito personagens que, na primeira pessoa, tomam o leitor por confidente e lhe contam a sua vida. Concluem que, cada um à sua maneira, todos acabaram por ser infiéis: por actos, pensamentos ou omissões. Um pecado que lhes valeu o castigo de não serem felizes para sempre. É um romance que fala da solidão entre duas pessoas e de tudo o que fica por dizer quando tudo se acaba.
P – É tudo ficção ou há alguma parte sugerida por algo que conheça ou que tenha vivido na realidade?
R – Tenho tido comentários muito interessantes de pessoas que já leram o livro. Dizem que falei da vida delas, que retratei situações que já viveram… Ora, o livro é todo ficção, mas por ser feito da matéria-prima de que se faz a vida, toda a gente acaba por se identificar em algum momento, até porque vai buscar outros temas menos comuns, ao mesmo tempo que tem uma grande carga erótica, aborda questões como a falta de desejo, o pudor, a sexualidade sénior, a doença, a auto-estima.
P – Este foi apenas um impulso romancista ou pretende dar continuidade à escrita de romances?
R – Não foi um impulso. Foi um propósito que amadureci durante anos. Mas, agora sim, pretendo que este primeiro livro seja o impulso para outras obras. Estou já a trabalhar nisso, embora tenha mais vontade que tempo.
P – Foi fácil arranjar apoios e editar o livro?
R – Enviei o original para a editora, por indicação do escritor Manuel da Silva Ramos, e passado quinze dias o editor ligou-me. Reunimos dois dias depois e o resto foi sempre a correr. Foi fantástico.
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