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A minha última crónica

4 PAREDES

(Pausa para uma possível maior inspiração. Depois de dar o último gole no meu café quente, preparando-me já para a longa noite que ai vinha, olhei esperançosa para o fundo da chávena. E não é que na pequenez do objecto encontrei a maior das verdades?! Encheu-se-me de repente a boca de palavras que transformei forçosamente em letras.)

Dizem que só se dá o verdadeiro valor às coisas quando as perdemos. Eu digo que é mentira: é quando estamos prestes a chegar ao fim que, se pensarmos um bocadinho, chegamos à conclusão de que se calhar são mais importantes do que à primeira vista parecem. E num último fôlego, sabendo já que o fim está próximo e que não há mais nada a fazer, saboreamos. Deliciamo-nos até, e o sabor perdura até sempre!

É no final do secundário que acontece olharmos para trás e o que nos parecia uma eternidade (escola, testes, trabalhos, exames…) parece agora surpreendentemente fugaz. E mais: penso que não é da escola em si que vamos sentir falta mas sim de estar na escola com aquelas determinadas pessoas àquela hora, todos os dias. É uma rotina, um hábito, e os hábitos custam a largar.

E já que estamos conscientes de que estamos no final, tudo o que podemos fazer é saborear os últimos momentos, valorizar os autênticos amigos e enaltecer quem nos preparou para o que quer que venha depois deste final – não só os professores mas todos aqueles com quem de alguma forma aprendemos alguma lição!

por Diana Margarido (12ºA)

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