A Câmara da Guarda vai realizar algumas obras no edifício do mercado municipal, ao nível da cobertura e na zona do frio, numa intervenção que, de acordo com Joaquim Valente, avançará «a curto prazo».
A decisão foi anunciada à Comissão de Utentes do Mercado Municipal, na passada quinta-feira, sendo que o assunto foi também abordado na última reunião da Assembleia Municipal. «Temos reunido com os comerciantes», afirmou Joaquim Valente na sessão, ao informar que «há infiltrações», uma situação a corrigir a partir da cobertura, e que «na zona do frio tem que se fazer uma intervenção». Antes da reunião que decorreu na semana passada com os comerciantes, houve uma outra, a 25 de Março, altura em que foram reivindicadas várias obras por parte da comissão. «Imediatamente se deslocou ao mercado, no dia seguinte, um director do departamento e técnicos para uma inspecção, no sentido de apurar que trabalhos têm que ser feitos», disse o presidente da Câmara. O edil adiantou que as obras serão «realizadas pela equipa de manutenção e reparações» da autarquia. As obras são as «possíveis» de momento, disse ainda Joaquim Valente, admitindo que «a intervenção deveria ser mais vasta e profunda».
Do lado dos comerciantes, Júlia Sobral diz que a comissão «não está satisfeita com as obras» anunciadas, por considerá-las «insuficientes» face ao «elevado estado de degradação» em que se encontra o edifício. Além disso, «desta vez o presidente da Câmara não esteve na reunião», protesta a comerciante, ao adiantar que deverá ter lugar uma outra no próximo mês. Recorde-se que os comerciantes reclamaram, em Maio, mais intervenções para além das anunciadas, como a pintura das paredes interiores, a melhoria da instalação eléctrica e também das condições de higiene, bem como uma reorganização das bancas de venda.
Segundo Júlia Sobral, a comissão defende que deve ser feita uma reorganização de forma a aproximar os postos de venda porque «há muitos que estão vazios, sem comerciantes, o que faz com que as bancas estejam muito distanciadas umas das outras». Para este elemento da comissão, que está contra a construção do centro comercial, as actuais condições do mercado «afastam as pessoas e, por isso, prejudicam o negócio».