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Eyjafjallajokull

Mitocôndrias e Quasares

Nos últimos meses o planeta Terra foi fustigado por um conjunto de fenómenos naturais de grande proporções. Desde cheias, passando por sismos e mais recentemente as cinzas vulcânicas, a Terra tem mostrado toda a sua actividade. Este último fenómeno que durante oito dias manteve a Europa isolado do resto do mundo resultou, como é sabido por todos, da erupção do vulcão Eyjafjallajokull.

De um modo geral, podemos definir os vulcões como sendo aberturas ou fendas da crusta terrestre através das quais ocorrem erupções de rocha em fusão. Verificam-se geralmente em pontos fracos da estrutura da crusta, frequentemente em regiões de instabilidade geológica, como os rebordos das placas da crusta.

Os cientistas ainda não compreendem completamente o processo de formação dos vulcões. Parece que, em certos pontos da camada imediatamente a seguir à crusta da Terra, se encontra particularmente quente ou onde parte da crusta é forçada a descer para o manto, o calor faz fundir a parte superior do manto e a parte inferior da crusta formando o magma. Esta rocha fundida fica sob pressão à medida que se forma mais magma, e sendo menos densa que a rocha circundante eleva-se. À medida que o magma sobe, funde um canal para passagem na rocha e acumula-se, em conjunto com com os gases libertados pela rocha em fusão, numa câmara de magma, poucos quilómetros abaixo da superfície da Terra.

A certa altura, a pressão do magma e do gás aumenta de tal modo que ocorre uma erupção, rebentando uma abertura na rochas da superfície. A lava, designação que o magma pode adquirir após a sua emissão, acumula-se em volta da abertura, formando uma montanha vulcânica ou, se a erupção provier de uma fissura, um planalto de lava. O vulcão sofre então erupções periódicas de gases, lava e fragmentos de rochas. É denominado activo, adormecido ou extinto conforme a frequência das suas erupções.

O vulcão Eyjafjallajökull, localizado no sul da Islândia, começou a entrar em erupção em 20 de Março. Mais tarde, a 14 de Abril, ocorreu uma segunda erupção tendo início em 14 de Abril, sem que nenhuma destas duas erupções. Contudo durante a segunda erupção, uma grande quantidade de gelo glaciar foi derretida, provocando o arrefecimento e fragmentação da lava em partículas de vidro arenoso que formam expelidas. Desta forma, podemos referir que as cinzas vulcânicas são partículas vulcânicas vítreas, expelidas pelos vulcões durante uma erupção vulcânica explosiva. Têm até 2 mm diâmetro. Durante o trajecto ascendente, depois da explosão, solidificam e formam uma nuvem, que ao cair poderá formar depósitos.

Ainda relativamente ao vulcão glaciar islandês, e depois de ter passado a histeria colectiva, surge uma questão: Para onde foi toda esta cinza vulcânica?

Grande parte da cinza caiu no solo nas zonas por onde a nuvem passou. Embora seja ainda prematuro para responder, os primeiros dados apontam para que a queda da cinza possa provocar alterações climáticas.

Toda esta perturbação mostra como, apesar de todos os avanços tecnológicos, ainda estamos muito vulneráveis à Natureza.

Por: António Costa

Nuvem de cinzas vulcânicas (Imagem: Estação Espacial Internacional)

Eyjafjallajokull

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