O Sporting da Mêda derrotou o já condenado Sanjoanense por duas bolas a uma e soma agora 22 pontos, exactamente os mesmos que o Cinfães, curiosamente o seu adversário de domingo. Este encontro será extremamente importante para definir o futuro das duas formações na série C da IIIª Divisão Nacional.
Quem pensava que este jogo seriam favas contadas para o Sporting da Mêda, bem cedo deu conta que não seria bem assim, uma vez que a jovem equipa da Sanjoanense desde logo deu a entender que se apresentava com vontade de discutir o resultado. Sem nada a perder, uma vez que é a única equipa que já tem o destino traçado, os homens de José Brito entraram no jogo à vontade e causaram alguns problemas ao sector mais recuado dos medenses, que também não realizaram uma exibição ao nível daquelas que já lhe vimos fazer. Estavam decorridos apenas 13’ e o árbitro, que viajou desde Castelo Branco, descortinou uma falta de David Reis – inexistente na nossa opinião – e apontou a marca da grande penalidade. Tó não enjeitou a oportunidade e colocou a Sanjoanense na frente do marcador.
Os homens de Artur Lobão partiram então à procura do golo da igualdade, mas os visitantes, em rápidos contra-ataques, foram colocando à prova o guardião Zé Luís e seus pares. Mesmo à beira do intervalo, Batata conseguiu ludibriar a defesa adversária e rematou, vendo a bola embater no poste. Pleno de oportunidade, Josivan aproveitou o ressalto e conseguiu na recarga fazer o golo da igualdade, já merecido pelos medenses. De regresso para a etapa complementar esperava-se um Sp. Mêda mais agressivo e disposto a virar o resultado a seu favor, mas o que é certo é que as contrariedades eram mais que muitas e nem tudo saía bem aos locais. Para agravar as coisas, as lesões iam-se sucedendo e obrigaram o técnico medense a fazer alterações no seu xadrez.
Acresce ainda a péssima actuação do trio de arbitragem, que cortava as investidas da Mêda ao marcar constantes foras-de-jogo que travaram o ímpeto atacante dos donos da casa. No entanto, aos 69’, os locais ficaram reduzidos a 10 elementos, por expulsão de Jean. Apesar de jogar em inferioridade numérica, a Mêda ainda teve forças para virar o marcador. O que aconteceu aos 79’, na cobrança de um livre. Rogério cruzou com conta, peso e medida para Leandro, que apareceu ao segundo poste a bater, sem apelo, nem agravo, o guarda-redes sanjoanense. Apesar do mau jogo a que assistimos, diga-se que os medenses mereceram os três pontos que lhe permitem continuar a sonhar com a manutenção.
Quanto ao trio de arbitragem, tinha a lição muito bem estudada e demonstrou dualidade de critérios, tanto no aspecto técnico, como disciplinar em prejuízo do Sporting da Mêda. Mais uma vez foi notória a intenção da arbitragem prejudicar uma equipa do distrito da Guarda. Já na fase de subida da série D, o Fornos derrotou o Anadia (2-1), que ainda assim manteve o primeiro lugar, somando agora 26 pontos.
Fernando Araújo/Rádio Elmo – Rádio Mêda