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«Soluções de recurso não são benéficas para o PSD»

Manuel Rodrigues, candidato à concelhia da Guarda, promete começar a trabalhar desde já para as autárquicas de 2013

Manuel Rodrigues considera que o principal problema do PSD na Guarda tem sido «a falta de um verdadeiro trabalho de equipa», o que se tem traduzido em «soluções de recurso» que «não têm sido benéficas» para os sociais-democratas. Após o descalabro das últimas autárquicas na sede do distrito, o candidato à liderança da concelhia, cujas eleições decorrem amanhã, promete começar a trabalhar desde já para as eleições locais de 2013.

«Mal estaria o partido se nessa altura não tivesse uma estratégia definida e preparada no terreno. É com os erros do passado que devemos aprender a melhorar o futuro», disse o ex-vereador em meados da década de 90 e cabeça-de-lista à Assembleia Municipal com Ana Manso, em 2005. Até porque, em 2009, «não houve boas opções e as consequências foram bastante negativas» para o PSD, que obteve o pior resultado de sempre para a Câmara da Guarda. Numa sala repleta de apoiantes, o advogado prometeu empenhar-se em conseguir «a união que nos permita mostrar aos guardenses uma solução organizada e credível», pois a Guarda «merece experimentar um PSD determinado e forte». Para tal, Manuel Rodrigues anunciou que vai implementar um gabinete de apoio às freguesias para colmatar um trabalho que a concelhia «não tem feito» e, por isso, «não tem conseguido resultados». Outra proposta está na criação de gabinetes de estudo sectoriais, pois «não é em cima da hora que conseguimos dar resposta às exigências que se põem a nível concelhio», afirmou.

O candidato garantiu também que terá um relacionamento de «total abertura com o único militante eleito» [Rui Quinaz, próximo de João Prata] para a vereação da autarquia. Do seu lado tem igualmente vários militantes históricos, como Soares Gomes, José Relva, José Freire ou Vítor Simões, que fizeram questão de formar uma lista de apoio à sua candidatura. O que, para o candidato a líder, é sinal de que é preciso «renovação e novas políticas» na concelhia da Guarda e não tanto o fim de um ciclo de abertura aos independentes. «O PSD tem um conjunto de militantes históricos que viveram este partido com muitas dificuldades e muita paixão, diferente da que tem acontecido nos últimos anos, em que tanta gente critica a inscrição e as bolsas de voto. Na minha opinião, os mais autênticos dos autênticos militantes sociais-democratas revêm-se nesta candidatura e entendem que é a melhor solução para o partido e para a cidade», considerou Manuel Rodrigues.

De resto, o advogado – que, tal como João Prata, também apoiou o novo líder Pedro Passos Coelho – revelou que abdicará do lugar que ocupa no Conselho de Jurisdição Distrital. A propósito, disse desconhecer «qualquer queixa» contra militantes e o eventual pedido de expulsão. «É uma falsa questão, que não existe sequer», acrescentou. A lista de Manuel Rodrigues integra Álvaro Pinto dos Santos e Orminda Sucena (vice-presidentes), mas também Isabel Bandurra como tesoureira. António Mendes, Júlio Santos, Bruno Monteiro e Ricardo Neves de Sousa são alguns dos vogais. Para a mesa do plenário de secção, o cabeça-de lista é Vítor Lavajo, coadjuvado por Maria da Saudade Duarte e Jorge Barreira Pires. Mário Sucena é candidato a secretário. «É uma lista de pessoas competentes e com provas dadas perante a vida e a sociedade», referiu o cabeça-de-lista.

Luis Martins Candidato quer implementar um gabinete de apoio às freguesias para colmatar um trabalho que a concelhia «não tem feito»

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        o PSD»

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