Qual o ponto de partida para avaliação em C. Físico-Químicas?
A avaliação é um processo contínuo e integrado nas actividades de ensino – aprendizagem, envolvendo o desenvolvimento de capacidades, atitudes e competências. A nível de conhecimentos, os principais itens a avaliar centram-se fundamentalmente em: desenvolver o conhecimento de factos e conceitos; aplicar os conceitos fundamentais das Ciências Físico-Químicas na resolução de questões em situações conhecidas e em situações novas; reconhecer a evolução histórica de certos conceitos e das Ciências Físico-Químicas como ramos de conhecimento em desenvolvimento permanente e inacabado; registar o contributo das Ciências Físico-Químicas para o progresso da Humanidade, para o controlo e melhoria do ambiente e para a apreciação crítica e consequente escolha de produtos de consumo; utilizar uma linguagem científica adequada.
Qual a carga percentual destinada dos testes escritos?
No 7º ano é de 75%; no 8º ano é de 80%; no 9º ano é de 85%; no 10º é de 55%; nos 11º e 12º anos é de 60%; nos Cursos Tecnológicos e Profissionais é de 50%.
O que é que se avalia nas aulas práticas? E como se avalia?
Nas aulas práticas o que se avalia são essencialmente os seguintes itens: desenvolver a capacidade de observação; desenvolver a capacidade de formular hipóteses e de deduzir consequências; desenvolver a capacidade de planear experiências; incrementar a capacidade de analisar dados e interpretar gráficos; utilizar adequadamente e em segurança, os instrumentos e materiais na execução das técnicas experimentais básicas; trabalhar em grupo e individualmente de modo construtivo e disciplinado.
O peso da componente prática/laboratorial é o seguinte: 10º, 11º e 12º anos – 30%; Cursos Tecnológicos e Profissionais – 25%.
Como as experiências na maioria das disciplinas que envolvem componente laboratorial são realizadas em grupos, por vezes, os alunos com menos conhecimentos “aproveitam” a liderança dos alunos com maiores aptidões, o que se reflecte igualmente na elaboração de relatórios, quando executados em grupo.
As disparidades nos exames relativamente às notas de frequência devem-se à componente prática?
Na minha opinião pessoal penso que não, devendo-se essa relativa disparidade, essencialmente, a algum grau de imaturidade da grande maioria dos alunos que são sujeitos a Exame Nacional na disciplina de Física e Química no 11º ano, que exige um grau elevado de análise e compreensão e não de memorização. Verifica-se frequentemente que muitos alunos que no 11º ano realizam esse exame e não conseguem atingir resultados satisfatórios, fazem a sua repetição no 12º ano, melhorando aí substancialmente os resultados.
No 2º e 3º períodos, a classificação tem em conta os períodos anteriores? E em que percentagem?
Atendendo a que a avaliação é um processo contínuo, a classificação atribuída aos alunos pela grande maioria dos professores no 2º e 3º períodos é a média aritmética dos resultados obtidos no(s) período(s) anterior(es), imperando sempre o bom senso.
Há algum item para o Portefólio do aluno?
Não é um item definido no critério de avaliação podendo, no entanto, pontualmente algum professor usar o portefólio do aluno para mais um elemento de avaliação a introduzir a nível de atitudes e aptidões.
Respostas de João Luís Monteiro, delegado de C. Físico-Químicas