«O país inteiro tem uma ideia de quem é a autoria dos projectos. Basta ver as fotografias das casas para constatar que, obviamente, não foi o actual primeiro-ministro a projectá-las», disse Rui Quinaz, na última reunião de Câmara, invocando a existência de assinaturas de favor naquela altura na Guarda.
«É da opinião pública que houve muitos projectos feitos por técnicos e desenhadores da Câmara. Aliás, é estranho que José Sócrates diga que fez estas casas a pedido de amigos, mas que os donos das obras admitam que nunca falaram com ele», acrescentou o vereador social-democrata. No entanto, para o eleito da oposição este caso até «ajuda a explicar a qualidade urbanística» da cidade. «A política posta em prática pelos sucessivos executivos socialistas é de atropelo às leis e à forma como os processos eram licenciados», considerou. E, para Rui Quinaz, os exemplos não faltam nas notícias vindas a público. «Como é que a licença de construção para uma arrecadação agrícola deu origem a uma casa de habitação, ou que uma moradia se tenha transformado num prédio de quatro andares e seis apartamentos», estranhou. «São problemas urbanísticos como estes que temos que resolver agora», acrescentou.
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