O prazo para a entrega das listas termina dia 27, mas já se sabe que há, pelo menos, duas candidaturas à concelhia do PSD da Guarda. O actual presidente João Prata vai ter como adversário o advogado Manuel Rodrigues, antigo vereador e líder da bancada social-democrata na Assembleia Municipal. As eleições estão agendadas para dia 30.
Sem se querer alongar em explicações sobre o motivo que o leva a recandidatar-se, por entender que se deve «dirigir primeiro aos militantes», o actual deputado na Assembleia da República apontou resumidamente algumas das suas principais linhas de intervenção. O também presidente da Junta de Freguesia de S. Miguel adiantou que pretende «reforçar a coesão interna do PSD, chamando mais os militantes», de modo a «aparecer com uma imagem tão forte quanto possível para preparar com a dignidade que se exige ao maior partido da oposição a campanha autárquica para 2013». Outras prioridades passam por «acompanhar a actualidade política» e «formar um Conselho de Opinião com personalidades externas para recolher opiniões para conjuntamente com a concelhia melhor preparar as campanhas». Sobre o facto de vir a ter, pelo menos, um oponente, João Prata garante estar «consciente» de que fez o «máximo de esforço possível» para haver consenso. «Tal não foi possível por razões de diversa ordem e há toda a legitimidade para as pessoas avançarem com outras candidaturas», declarou.
Por seu turno, Manuel Rodrigues revela que sentiu «as interpelações de muitos simpatizantes e apoiantes do PSD para que avançasse com a candidatura», assegurando que houve «muitas pessoas que insistiram para que me candidatasse». Reconhece que ainda teve «um momento de ponderação», mas realça que «há alturas em que as pessoas têm de dar a cara». Nesse sentido, garante que «o sentimento de união e de renovação que o partido atravessa actualmente a nível nacional também se deve sentir na Guarda». O candidato salienta a importância das «decisões autárquicas serem preparadas a médio prazo», criticando que as últimas decisões na Guarda «têm sido tomadas como último recurso e não são ponderadas e amadurecidas atempada e devidamente». No entanto, Manuel Rodrigues escusou-se a fazer uma apreciação ao trabalho feito pela actual concelhia nestes dois anos, salientando que não vai entrar neste acto eleitoral «para criticar ou gerar conflitos».
Contudo, sempre denuncia «o alheamento dos militantes», ao mesmo tempo que considera que «os resultados autárquicos falam por si». O prazo para a entrega de listas termina dia 27 e o pagamento das quotas poderá ser feito até à próxima segunda-feira. Recorde-se que nas eleições realizadas em Abril de 2008, João Prata conseguiu 88 votos, enquanto que Jorge Libânio obteve 61 e Carlos Gonçalves 53. A lista de João Prata integrou Tânia Cameira e António Júlio Cardoso como vice-presidentes, surgindo Rui Quinaz como presidente da Mesa e Orminda Sucena como vice-presidente.
Ricardo Cordeiro