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Europa pronta-a-despir

A frase, desta vez, foi por mim cosida, mas até pode estar já registada em alguma propriedade privada do cérebro da sôtora, cujo conceito de Europa não passa de um pronto-a-despir e seus clientes ocasionais.

A sôtora deu uma facada no coração em pelo menos alguns europeus, no meu, certamente, e em muitos espanhóis e mais de 30 mil portugueses que vivem e trabalham nos dois lados da fronteira, mas acima de tudo, em todos os que defendem um território multicultural, onde a política se mistura naturalmente, sem fronteiras, nacionalismos, pleno de verdade, aquela verdadeira, sabe.

Não terá a sôtora consciência do que diz, quero acreditar, também eu não a tenho, de até onde pode ir vossa sotoria, porque acima de tudo tenho é medo de si, e desconfio se é verdadeiramente terrestre ou uma perigosa mistura assistida da ‘outra sôtora’ com o actual professor.

Para além disso, a sôtora anda com um mau gosto tal, a saber a “filhos que matam os pais” para se vitimizarem, que enfim, não lembra à memória uma sôtora assim, candidata a primeira professora.

Desta vez falo sem pejo, arreliado, capaz de megafones, porque aliás, até nem sou candidato a nenhum cargo, apenas a um território que se torne de eleição, que comunique mais com o nosso horizonte vizinho, que trabalhe em conjunto para ser mais justo e feliz, que nem a sôtora nem ninguém soube criar para o pleno espaço português.

Só espero, muito sinceramente sôtora, que não lhe calhe um AVSD e tenha de ser tratada por um daqueles que diz não quer misturar, no Portugal interior, e que não lhe suspendam a ligação principal, porque “la sangre quita el sueño”, e esse necessita ainda de muitos mais fundos estruturais.

“Portugal é muita coisa e nomeadamente algo mais que o que a sua sôtoria possa imaginar inclusive de economia e capital social”, bem lhe recordaria esse salvador Ibérico, como lhe recordará um dia alguém, que pode sempre ser a “vid(inh)a”.

No dia em que Sá Carneiro, farto do seu ‘cheiro’, sôtora, se levantar da tumba, os deuses vão dar uma ajuda e devolver a este país a oposição credível que bem merece.

Por: Daniel Gil

Sá Carneiro, pai fundador do PPD logo a seguir ao 25 de Abril, de mãos dadas com Snu Abecasis numa recepção ao presidente dos EUA, Jimmy Carter (Foto de Carlos Gil)

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