A terceira edição do Festival Internacional de Guitarra, sob a direcção artística de Dominique Phillot, começa esta noite no TMG com uma estreia em Portugal. Trata-se da canadiana Vincea McClelland que executará um repertório de guitarra clássica. Seguem-se o músico argentino Juan Falú e o espanhol Pedro Soler. Os concertos têm lugar no pequeno auditório.
Vincea McClelland trabalhou com Oscar Ghiglia na Escola de Belas Artes de Banff (Canadá), e mais tarde, em França, com Alexandre Lagoya. O seu primeiro disco como solista, “Guitar Originals”, foi unanimemente apreciado pela crítica internacional, tal como os dois seguintes “Intermedio” (2002) e “Classique!” (2007). Amanhã sobe ao palco Juan Falú, que apresentará composições originais e também alguns clássicos do folclore argentino. Guitarrista, compositor e professor, o instrumentista é uma das maiores referências da música do seu país na actualidade. Na Argentina foi galardoado com os mais prestigiados prémios, nomeadamente o Prémio Nacional de Música 2000, o Prémio Clarín 2001 e 2008 – Artista do ano e ainda o Prémio Gardel 2008 para o melhor disco do ano. «Juan Falú revela um profundo conhecimento da música argentina e o seu nível de improvisação é tão elevado que chegou a ser apelidado de “compositor em tempo real” pelo guitarrista Eduardo Fernández», adianta a organização.
O Festival Internacional de Guitarra termina no sábado com Pedro Soler, que interpretará vários estilos tradicionais de flamenco. Apaixonado desde sempre por este estilo tradicional da Andaluzia, de que é originário, o guitarrista acompanhou companhias, bailarinos e cantores de flamenco como Juan Varea, Enriaue Morente, Pepe de la Matrona, Carmen Amaya, La Chunga e La Joselito. Depois, enveredou por uma carreira a solo, sendo considerado um reputado guitarrista de flamenco, elogiado pela crítica especializada. Pedro Soler venceu o Prémio Internacional do disco, da Academia Charles Cross (1964), e o Grande Prémio do disco alemão (1980).