O presidente da Câmara do Fundão, Manuel Frexes, ambiciona que a cidade fundanense e a Covilhã possam vir a «formar o maior pólo urbano do interior do país», totalizando cem mil habitantes. O desejo foi manifestado pelo autarca durante a assinatura do protocolo entre a edilidade e a Rede Ferroviária Nacional (Refer).
O crescimento das duas cidades ao longo dos anos tem permitido uma aproximação das suas malhas urbanas, sendo que «já se encontram unidas em vários outros aspectos», considera Manuel Frexes. A existência de um centro hospitalar que serve as duas cidades e a realidade empresarial são, no entender do edil, dois exemplos que «indiciam a realidade que existe já hoje». Outro aspecto que poderia, no futuro, ligar ainda mais Fundão e Covilhã «seria a Universidade da Beira Interior descentralizar serviços, escolas e cursos» para a cidade vizinha e ainda para outras da região, considera o autarca. Quanto a possíveis projectos comuns, o presidente da Câmara refere que partilha da opinião de Carlos Pinto de que um aeroporto regional seria «importante para a região» e para potenciar o turismo. A criação deste grande pólo urbano «é o maior sonho que acalentamos e do qual não iremos desistir», sublinha.
No entender do edil, «é cada vez mais necessário apostar em pólos urbanos fortes» para o desenvolvimento do interior do país. Nesta ambição de Manuel Frexes entram também Guarda e Castelo Branco. «Só com dimensão e escala é que nos conseguimos fazer ouvir», sustenta, acreditando que uma maior união só pode trazer vantagens para a Beira Interior. Com as cidades da região unidas, «forma-se um importante eixo», com a interioridade a dar antes lugar a uma situação geográfica central, «estrategicamente posicionada entre a A1 e Espanha», defende.
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