O Ministério Público (MP) pediu na terça-feira, durante as alegações finais, prisão efectiva para todos os arguidos do caso da morte de João Inácio, encontrado amarrado às grades de um café em Outubro de 2007, em Borralheira de Orjais (Covilhã).
Os advogados de defesa requereram, por sua vez, a absolvição de todos. Quatro dos arguidos, Tiago Afonso, Tiago Cortinhas, Manuel Pissara e Emanoel Rodrigues, são acusados de sequestro, exposição ou abandono e omissão de auxílio, tendo o Procurador António Pinto Tomás pedido que sejam condenados por um destes crimes. Para Nídia Afonso e Eduardo Pinto, o MP pediu a sua condenação por omissão de auxílio e deixou cair outra acusação inicial, a de exposição ou abandono. «Acredito que não quiseram matar, mas há brincadeiras que não se podem ter», disse o magistrado.
O advogado da família de João Inácio acompanhou o Ministério Público, dizendo «não haver dúvidas» de que ficou provada «matéria significativa da acusação» e alertou para a «banalização da morte». Do lado da defesa, a «falta de provas efectivas e consistentes sobre quem fez o quê» na noite da morte foi um dos pontos mais destacados pelos cinco advogados, que, um a um, foram pedindo a absolvição dos arguidos, tanto mais que alegaram ter ficado demonstrado que os arguidos menores foram «devidamente educados pelos pais» e que estes não falharam no «seu dever de vigilância». A leitura da sentença está marcada para 3 de Julho.