Será que alguém ainda acredita que não é escravo da Religião, do Terror ou do Dinheiro? É a pergunta que se impõe antes, durante e depois de “Zeitgeist”.
“Zeitgeist” (‘záitgáiste’) do desconhecido Peter Joseph é um documentário obrigatório. Foi lançado pela primeira vez no Google, em Junho de 2007, tornando-se em poucas semanas o filme mais visto de sempre alojado nos servidores do Google. Tem já duas sequelas, “Zeitgeist Adendum” e “Zeitgeist III – The Obama Deception” (A decepção Obama), todos passíveis de serem integralmente visionados no Youtube ou no Google vídeos.
Zeitgeist é o termo alemão para espírito de época ou espírito do tempo. Significa, em suma, o conjunto do clima intelectual e cultural do mundo, numa certa época, ou as características genéricas de um determinado período de tempo.
E se todos os conflitos, manobras políticas e desigualdades civilizacionais, entre outros temas, passassem a ser finalmente entendidos como partes de uma imensa teia urdida por meia dúzia de banqueiros internacionais? Estranho? Atreva-se!
Neste filme, de duas horas, que aconselho a ver quando, lá por casa, já estiver tudo sossegado, são dissecados o nascimento das três religiões monoteístas e os acontecimentos fracturantes do século XX e início do XXI, como sejam os crashes nas bolsas, as crises económicas, as Iª e IIª Grandes Guerras e outras e, a mais recente peça do puzzle, a conspiração do 11/9. A esta altura estará o leitor a pensar, lá vem este tipo com estas teorias da treta. A negação é a nossa defesa perante o absurdo ou o doloroso. Pois bem, a única coisa que peço é que visionem este documentário de espírito completamente aberto, despidos de preconceitos e crenças, analisando os factos, verificando a imensidão de fontes onde ele foi beber porque, contra factos, já diz o povo, não há argumentos.
E se o que nós entendemos por realidade não passar, no final, de sombras? Imaginemos um muro bem alto separando o mundo externo e uma caverna. Na caverna existe uma fresta por onde passa um feixe de luz exterior. No interior da caverna permanecem seres humanos, que nasceram e cresceram ali. Ficam de costas para a entrada, acorrentados, sem poder locomover-se, forçados a olhar somente a parede do fundo da caverna, onde são projectadas sombras de outros homens que, além do muro, mantêm acesa uma fogueira. Os prisioneiros julgarão que essas sombras são a realidade. Esta é a Alegoria da Caverna, de Platão. Um indivíduo sem formação, incapaz de se interrogar acerca do que o rodeia, do que o aflige e do que o atinge, não passa de um prisioneiro numa caverna, confundindo sombras com realidade. Actualmente, as sombras, foram substituídas pelos meios de informação de massas, que têm exactamente a mesma função sobre nós, pobres prisioneiros. Estamos condenados à visualização de imagens de um mundo que não existe na realidade ou, existindo, nos aparece filtrado, desvirtuado, manipulado e politizado. A própria ciência anda ao sabor destas vontades. A sua evolução depende de investimentos, os quais dependem de políticos, que por sua vez dependem de banqueiros. Não nos devemos afligir muito quando nos falarem de pandemias de Gripe, do terrorismo global ou do Efeito de Estufa, que nos está a aquecer e nos irá submergir porque, infelizmente, são temas que apenas visam instaurar o medo nas pessoas e obrigá-las a tomar atitudes que, na prática, apenas vão encher os bolsos dos poderosos, não permitindo, ao mesmo tempo, que os países mais pobres se desenvolvam.
Façamos contas: Quantas pessoas morreram de Gripe A e de gripe aviária em todo o mundo? Poucas centenas. Quantas terão morrido de infecções simples, tuberculose, SIDA, Hepatite B e C, malária, gastroenterites e de fome nesse mesmo tempo? Centenas de milhar ou milhões. Quanto dinheiro foi já aplicado em vacinas pelos países, pobres e ricos, para combater estas “pandemias” impostas pelos media? O que poderiam fazer estes fundos se fossem aplicados a combater as outras doenças ou a matar a fome? Dá que pensar não dá?
E Portugal será excepção? Não me parece. Para Portugal, um Portgeist, claro! Um Zeitgeistzinho quadrangular. Um jogo permanente entre fado (destino), futebol, Fátima e, recentemente, Fócrates. A vida é mesmo uma soda, hem!
Por: José Carlos Lopes
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